Rui Leitão

Jornalista e escritor.

Geral

O perdão


28/11/2014

Foto: autor desconhecido.

 

Quem teve a oportunidade de ler “A Cabana”, consagrado livro escrito por William Young, vai encontrar nele uma mensagem muito interessante que nos permite fazer uma profunda reflexão sobre o perdão. “Perdoar não significa esquecer. Significa soltar a garganta da outra pessoa”.

O que podemos entender nessa afirmação? Compreende-se que acontecimentos do passado que nos magoaram e nos deixaram marcas profundas, não precisam ser jogados no esquecimento. No entanto, não podemos ficar prisioneiros deles, cultivando sentimentos que nos trazem energias negativas, tais como: mágoa, ódio, decepção, culpa. O perdão é um ato de libertação. É a oportunidade de eliminarmos do coração ressentimentos, rancor, vontade de vingança.

O perdão pode cicatrizar feridas nascidas nos atritos de relacionamentos. Não é revidando provocações, discussões e ofensas, que conquistaremos a paz que produzirá reconciliações. Quando estamos em clima de beligerância não conseguimos ficar sequer em paz conosco mesmo. Não podemos deixar que o orgulho e o desgosto dominem nosso coração, a ponto de sentirmos dificuldades de exercitar o ato do perdão.

Perdoar é um atributo de Deus. O perdão tem origem nos ensinamentos bíblicos, na doutrina cristã. Em Efésios 4.32 encontramos: “Sede uns com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus, em Cristo, vos perdoou”. A intenção de perdoar tem que vir de uma manifestação espiritual, comprometida com a vontade Deus. Portanto só terá valia se for sincera, íntegra, verdadeira.

O perdão é virtude que engrandece a alma. Porque tira um fardo das nossas costas que nos causa aflição, pesar, sofrimento. Mesmo sabendo que não é tão fácil dar ou receber o perdão, devemos sempre nos esforçar para praticá-lo, na convicção de que assim fazendo estaremos reconquistando a felicidade e o bem estar.

• Integra a série de crônicas “SENTIMENTOS, EMOÇÕES E ATITUDES”.
 


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