Rui Leitão

Jornalista e escritor.

Geral

O desabafo


19/11/2014

Foto: autor desconhecido.

 

Reprimir sentimentos faz mal à saúde física e mental. Se não abrirmos o coração num desabafo, podemos sofrer sérias consequências. As emoções contidas, sejam elas quais forem, de alegria, de amor, de contentamento, ou de angústia, raiva, dor, quando exteriorizadas provocam alívio, desafogo.

Manifestar-se com franqueza o que sente e o que pensa é a maneira mais apropriada de fazer um desabafo. A sensação de colocar para fora tudo o que está engasgado, na inquieta necessidade de dividir com alguém, seus problemas ou ansiedades, permite relaxar tensões, afastar crises de estresse. No pós-desabafo vivenciamos o refrigério da alma.

Depende das circunstâncias o jeito de recorrer a um desabafo. Pode ser numa conversa sincera e aberta, em termos de confidência, com uma pessoa escolhida como ouvinte e que mereça total e absoluta confiança. E aí se estabelece um exercício de catarse, libertando-se de todos os traumas que os sentimentos sufocados vêm causando. Ou, pode ser num grito que chame a atenção, como se quisesse proclamar ao mundo inteiro toda a sua aflição. Ou ainda através do choro, num transbordamento emotivo de uma situação em que se define como a “gota d’água que faltava”, quando se chega ao limite da tolerância na capacidade de ocultar os sentimentos.

O desabafo também se exprime pela escrita. E, algumas vezes, permanece ainda por longo tempo desconhecido de outras pessoas. Mas fica registrado. É como se permitisse desabafar para si mesmo, deixando no papel toda a exposição do que vem lhe torturando. Há uma reação de conforto nessa diminuição do peso que castiga sua consciência.

O que importa é ter a noção exata do quanto é salutar saber definir o como e o quando fazer um desabafo.

• Integra a série de crônicas “SENTIMENTOS, EMOÇÕES E ATITUDES”.

 


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