Rui Leitão

Jornalista e escritor.

Política

O Caboclinho


24/11/2020

O historiador, produtor cultural e advogado Rui Leitão

No início da colonização surgiu uma figura típica da nossa nacionalidade: o caboclo. Resultado da miscigenação entre brancos e índios. Surgiu inicialmente na região amazônica, claro. Com o avançar dos tempos esse povo começou a se deslocar para outras plagas brasileiras, chegando ao Nordeste.

Aqui ganhou a classificação de “matuto”, “beradeiro”. Mas não perdeu a sua origem caracterizada pela altivez e força intrépida para vencer as dificuldades que lhes surgiam pelas intempéries do clima e da região árida, muitas vezes infértil.

Carinhosamente aqui passou a ser conhecido como “caboclinho”. Seu temperamento, por natureza, é de um homem bom. Aparentemente ingênuo, tem uma sabedoria fora do comum, porque formado na Universidade da vida. Não tem medo de enfrentar dificuldades. Por isso mesmo mostra-se criativo em tudo o que faz. É solidário, companheiro, amigo. Está sempre de bom humor, esbanjando alegria, mesmo que no íntimo esteja enfrentando contratempos.

Convivi em trabalho com uma dessas pessoas que gosta de ser chamado de ” caboclinho ” e aprendi muito com ele. Passei a ver que todos somos iguais, independente de classe social, poderio econômico, político ou financeiro, na consciência de que a vida é uma complementaridade, uns adicionando aos outros as qualidades que Deus os presenteou.

Por esse motivo me sinto inclinado a depositar confiança no caboclinho. Ele é sincero, verdadeiro, autêntico.


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