Ana Adelaide

Professora doutora pela UFPB.

Geral

O AMOR É MESMO LINDO!


02/01/2004

Foto: autor desconhecido.

Existe agonia maior do que quando se está apaixonado? Pergunta um dos muitos personagens, o menino Samuel, do filme `Love Actually´, traduzido como `Simplesmente Amor´, do diretor inglês Richard Curtis, ainda em cartaz nos cinemas da cidade. Realmente a agonia é grande, mas também uma das melhores.

Ao contrário dessa aflição, um dos prazeres-delícia é assistir as comédias/românticas Inglesas, com uma trilha sonora tão dançante – `love is in my fingers…love is in my toes…´, de preferência com Hugh Grant, e o talento de Emma Thompson, além do filme se passar no Natal em London London. Puro êxtase! Conferir tal prazer também em `Quatro casamentos e um funeral´, Uma Lugar Chamado Notting Hill´ e `O Diário de Bridget Jones´.

É um filme sobre o amor, todos. Vários pares: o casal de muito tempo, o recém casado, o enamorado pela mulher do melhor amigo, o cantor de rock coroa e seu agente, o viúvo e a dor da perda, o 1º ministro solitário, a 1ª secretária das coxas grossas, outra secretária insinuante, o solteiríssimo em busca de uma América de bares, cowboys, surubas, silicones e coelhinhas playboys, um casal de tímidos atuando em filmes pornôs (típico humor Inglês), e o próprio Samuel e sua primeira paixão não correspondida.

Sim! Teve até Rodrigo Santoro dizendo em inglês perfeito `Good night Sarah! `e mais uma pequena cena de cama interrompida pelo `mobile´ inconveniente do irmão de Sarah. Mas o melhor mesmo foi o casal protagonizado por Colin Firth (que adooooro!) e uma portuguesa, onde o amor foi mais lindo ainda, por ser falado em português, em público, num cortejo pelas vielas de uma cidade francesa, Marselha talvez?

De Triste, e muito, teve a decepção de Emma com o presente que não veio. O seu maridão, num ataque de lobo, comprou uma jóia para alguém que queria o que desejava e não o que precisava, e para ela, numa variação de um cachecol centenário, inovou com um cd de Joan Mitchel, que a própria ouvia fidelíssima por longos e longos anos… Aliás, não sei até hoje porque os maridos e também as esposas, são sempre mestres em dar de Natal, presentes úteis. Viva o fútil! Quanto mais desnecessário, melhor!

Presente é sempre algo do desejo, e no filme, ilustrado pela embalagem hilária e linda confeccionada pelo comediante Mr. Bean, numa daquelas lojas de sonhos, perhaps Harrods??!! Sabe-se lá. Abaixo as toálias de banho (estou precisadíssima!), meias, utensílios domésticos (pirex é o campeão), pijamas, eca!!!

De volta ao filme, e para a fantasia, bom também foi a declaração de amor do apaixonado pela sósia de Winona Rider, em silêncio, com um coro de Natal de fundo, e como setting: the dark side of the road, aliás aquelas casinhas inglesas, tudo igualzinha, só referenda o temperamento sizudo, timído, e privadíssimo daquele povo. Dei boas risadas, algumas lágrimas em nome do amor, cantarolei `All you need is Love´, e me emocionei com as cenas do aeroporto, onde segundo o enredo do filme, é the right place para uma constatação: De que o amor está no ar!.

Coincidentemente…após a sessão que assisti num cinema em Recife, fui direto ao aeroporto, buscar uma pessoa da família. E foi engraçado ver a cena de abertura e fechamento do filme acontecer de verdade diante dos meus olhos, só que dessa vez, na vida. Ah! Que lindo que é o amor!


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