Geral

MARKETING ELEITORAL – URGENTE


29/09/2014

Foto: autor desconhecido.

 O papel do gestor de marketing como já falamos aqui, é identificar oportunidades de mercado, criar estratégias e atrair resultados. No marketing eleitoral isso não é diferente. Embora esse atributo venha sendo trocado justamente por aquilo que miseravelmente se adjetiva de: `marqueteiros´ de plantão. Os pseudo intelectuais do pensamento do marketing e da política. Há muitos confundindo marketing com comunicação. Nada disso. O conceito do marketing é hoje em dia bem mais amplo envolvendo diversos setores das empresas, desde o cuidado da imagem de produtos, marcas, pessoas, etc.

Mas, focando nos debates políticos da TV, temos assistido um desastroso desfile de incompetência. Mais: programas repetitivos, preconceituosos, chatos, fracos, mesmo! E que contribuem para confundir o eleitor telespectador. Quando estes programas teriam no mínimo, a prerrogativa em oferecer ao público alvo a inovação, sustentabilidade, entre outras ideias como base, planejamento, e programas de governo.

Estes programas a que referimos parecem que são preparados por encomenda da noite para o dia. Como que redigidos irresponsavelmente apenas para preencher a lacuna dos discursos a serem expostos. É um erro. O telespectador percebe o vazio das propostas. Se não passam de promessas interesseiras, de passagem por época de campanha, efêmeras, que não se sustentam. Isso torna ainda pior a problemática de ambos os lados. Tanto do candidato que não consegue, apesar do esforço, convencer o eleitor; como o eleitor que não consegue acreditar no que vê e tem como obrigação votar em candidatos para gestão a vida e gestão futura do seu país.

Se os candidatos se preocupam muito mais em atacar os seus adversários do que apresentar propostas inovadoras, soluções para os problemas da comunidade, do público alvo, ou seja, o povo; então o programa se perde desde o conceito para cair na mesmice. Falta ai o diferencial. Mais: faltam líderes e a capacidade de conquistar e convencer o público alvo. Nesse sentido temos um dos maiores exemplos da história política em nosso país, o Luiz Inácio Lula da Silva, de comprovado talento nato.

O Lula fala a linguagem popular, clara, objetiva, de fácil entendimento. Usa em muitos momentos, do humor e irreverência; tem empatia, carisma pessoal, e expõe dados com base em resultados perceptíveis pelo povo, como os programas de governo, Fome Zero, Bolsa Família, Minha Casa Minha Vida, Proune, e muito outros. Usa jargões como: Nunca na história desse país…

Candidatos agressivos, que tentam denegrir a qualquer custo a imagem de seus adversários, que preocupam muito mais em apontar do que propor soluções estão, em verdade, elevando o risco de comprometer suas próprias imagens. Mesmo usando do expediente de compra de votos e negociação rasteira, barata, abaixo da crítica do que se possa publicar, eles precisam apresentar ideias, e isso é marketing inteligente.

Gil Sabino é jornalista e gestor de marketing.
g.sabino@uol.com.br


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