Walter Santos

Multimídia e Analista Político.

Geral

Guerra das pesquisas


12/12/2003

Foto: autor desconhecido.

Já a partir de 1º de janeiro próximo, de acordo com a regra eleitoral, não só os pré-candidatos à sucessão de João Pessoa, como os personagens periféricos – mídia, marketing, etc – e a grande massa decisiva, a população, vão começar a conviver com a exposição dos números aferindo o desempenho dos candidatos.

Até agora todos os principais personagens já dispõem de pesquisas para consumo interno com interpretações para tudo o que é gosto – pelo menos é o que se presume diante dos testemunhos dos próprios candidatos-, sem a apresentação dos números e dados para ratificar as avaliações, que cada um acha positiva.

Na prática significa dizer o seguinte: expor superficialmente dados com intenção de influir na mídia não resolve porque a realidade das intenções do eleitorado – esta sim, imbatível – se sobrepõe por si só, daí não ser inteligente querer enganar-se a si próprio.

A Coluna, por exemplo, tem recebido sinais ou toques pontuais de diversas pesquisas dos candidatos, entretanto, não há como aferir veracidade nas revelações ditas à boca miúda porque os números não têm sido mostrados na forma devida.

De qualquer forma, o elemento especial da conjuntura está no trabalho qualitativo que a maioria dos pré-candidatos anda produzindo. Trata-se de instrumento formidável e conceitualmente mais duradouro porque extrapola o conceito de aferir apenas uma tendência num tempo determinado.

É em cima dessa essência extraída dentro da própria população que reside a tática nova da conjuntura forçando assim cada pré-candidato a receber orientação marqueteira sobre posicionamentos, caminhos e discurso a tomar a partir de primeiro de janeiro.

Há um outro dado que, independentemente de quem será candidato, precisa ser tratado com maturidade e razão pelos vários atores. É recomendável levar a sério o desempenho do prefeito Cícero Lucena – principal alvo desta sucessão – sobretudo nas camadas C, D e E – onde se concentra a maioria da população.

Quem tiver acesso a esse dado saberá definir a estratégia política do futuro na busca da conquista de cada precioso voto.

Dia de PMDB

Pelo menos do ponto-de-vista organizacional está tudo pronto para a realização hoje da convenção estadual do PMDB reconduzindo o presidente Haroldo Lucena e apresentando novidades na nova composição.

Ontem o trabalho se dava no sentido de reforçar a convocação para que os filiados do Interior se façam presentes na convenção.    

A versão de Aracilba I

Decididamente a engenheira Aracilba Rocha decidiu adaptar-se à nova realidade interna do PMDB, que a deixa enfraquecida politicamente em termos de espaços internos, mesmo assim isso não provocará, como se tem aventado, em desligamento dela do partido com direito a sair chutando o `pau da barraca´.

Anteontem, na festa (do Rubi) de confraternização do OAB, uma das conversas dava conta que Aracilba estava com uma Carta pronta para publicar deixando de vez o PMDB.

A versão de Aracilba II

Foi a mesma conversa de outros ambientes, que ela ao Colunista abre o jogo:

Não existe carta nem vou deixar o PMDB, apenas vou precisar me mudar para São Paulo a partir do dia 12 de janeiro – revelou uma Aracilba afetada ainda pela perda da vice-presidência do partido, cargo que exerceu por 16 anos, mas já refeita do baque.

A versão de Aracilba III

Especialista em matéria de PMDB, segundo ela não há outro caminho, senão partir para novos projetos. Entender o significado do timing de Aracilba não é tarefa tão difícil assim. Com pouco tempo de conversa a verdade se sobressai sem medos.

– Vou para São Paulo, mas se amigos verdadeiros como Ney me convocarem para futuras campanhas, estarei mais numa vez engajada – arrematou.

Mérito e mudança

O suceptibilidade gerada com a saída de Aracilba da vice-presidência é real, entretanto, não pode empanar a trajetória de mérito político conquistado por Dona Wilma Maranhão ao longo dos anos no PMDB.

A rigor, embora existam várias figuras familiares engajadas na vida política do senador José Maranhão, parece óbvio atribuir a Dona Wilma o comando adjuntório na estrutura dos passos de seu irmão ex-governador.

Umas & Outras

… O presidente da OAB estadual, Arlindo Delgado, comandou anteontem ao lado da diretoria a segunda versão da Festa do Rubi, no Paço dos Leões, reunindo figuras expressivas do mundo do Direito, da ambiência jurídica. Tem se consolidado como espaço de confraternização.

… O universitário Victor Castro, do curso de Economia, envia e-mail contestando intenções do Governo Federal de tornar pago o ensino público instruído com dados da realidade acadêmica.

… Prestem atenção no desempenho do deputado Ruy Carneiro no processo sucessório. O trabalho diário, sem parar, tem gerado resultados eleitorais.

… O secretário de Comunicação, Laércio Cirne, ainda comemora a citação de destaque do ano pelo Comitê da Assembléia Legislativa.

… Uma figura importante da mídia vai deixar o veículo que hoje trabalha. Depois trago detalhes.

Última
`Voava de madrugada/ e na cratera condenado/ eu me calei…´


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