Paraíba

Folia de Morte e Alegria


06/02/2021

Martinho Moreira Franco parte em dia de Folia para o banquete celestial...

Hoje seria a data marcada para início dos festejos carnavalescos da cidade de João Pessoa, que comemora uma semana antes do Carnaval, tendo sempre o evento público Folia de Rua, como uma das maiores prévias do país.

Num ano atípico de pandemia, logicamente, todas as festividades tiveram que ser reprogramadas, canceladas, ou apresentadas no novo formato virtual, como quer que seja…

Os governos já decretaram proibição de folias, inclusive, cancelando pontos facultativos de trabalho nos dias que seriam feriados. Isto, para defender a diminuição de aglomerações, o que causa amplidão de contágio infeccioso. Como nunca antes, multiplicam-se os casos de Covid-19, e os óbitos por este vírus responsável, e lamentavelmente estamos passando por uma folia de morte.

Nessa manhã de sábado, nos chega também a notícia de morte de mais um amigo jornalista, o publicitário Martinho Moreira Franco, que há um bom tempo lutava contra a doença do câncer.

Martinho era uma pessoa sábia, simpática, boa prosa, também considerado um dos melhores textos do jornalismo (e que tivemos o prazer de ler e aprender), e mantinha ainda coluna no Jornal A União, onde publicava crônicas maravilhosas, do seu jeito simples, atrativo e bacana de contar as coisas.

Pois bem, com ele nos vem à lembrança outros grandes nomes do nosso jornalismo e da publicidade na Paraíba, um como que grupo de inteligências especiais que durante uma, duas, três gerações, de forma crítica e criativa, ajudaram a pensar os Governos, a cidade, o Estado, entre outras situações em que foram necessários consultores, colaboradores. Acho que aqui vale esse registro.

Nomes como Wills Leal, Luiz Augusto Crispim, Genival Ribeiro, Ivan Bezerra, Carlos Roberto de Oliveira, Biu Ramos, Marconi Góes, Luiz Otávio Amorim, Heitor Falcão, e muito outros que já se foram, deixaram aqui suas marcas históricas e a colaboração jornalística de um trabalho construtivo.

Mas, nesse sábado de Folia (moribunda), nos é testada a emoção, junto à indignação, a revolta, as interrogações todas de meros mortais que somos. Os conflitos, as questões em estudos para saber de onde viemos, para onde vamos, o que estamos a fazer nesse cenário de planeta terrestre?

Cientificamente já o sabemos. Já foi comprovada a existência da alma antes, durante, e após a morte. Morrem de falência múltipla, os órgãos que sustentam os corpos e dão vida ao ser humano, e seguem suas personalidades (ver os livros dos Doutores, cientista Ian Stevenson, e psiquiatra Brian Weiss, sobre evidências da reencarnação). Religiosamente o Vaticano confirmou também (em documento publicado no ano 2000), a espiritualidade, com a continuidade da vida após a morte.

No plano atual onde habitamos, é muito sofredor observar nossos irmãos ao redor, sendo tragados pelo egoísmo de muitos que pautam apenas por interesses passageiros, de ganância, de fortuna, de sobrepor-se ao próximo. Pessoas de um comportamento arrogante, ditador, orgulhoso, limitado, bobo…

Nos planos após a morte, as lembranças precedem e sobrevivem ao corpo do homem. E é possível observar de forma distinta ao plano material em que vivemos, onde a alma contempla a realidade de todas as coisas.

Está aí a chave do segredo de buscar viver bem, buscar a paz, a harmonia, a simplicidade, a sabedoria, para ter lugar (no futuro), num mundo de vida saudável em abundância,   com mais e maior consciência acerca de si mesmo e do plano no qual vive/viverá. Esse curso intensivo de vida aqui é preparatório, uma vez que há vida após a morte, é, digamos, preparatório para a vida futura. Logo, o que plantarmos, terá resultado na colheita do futuro.

Nesse sábado de pandemia espalhada aos quatro cantos do mundo (com mais de 103 milhões de casos e mais de 2 milhões de óbitos, sendo no Brasil 9 milhões de casos e 228.883 mortes), quando já agonizam, e muito outros desavisados não abrem mão de se misturarem aos aglomerados de jogos de futebol, de festinhas clandestinas, de bares e restaurantes e comércios e feiras, de folias (repito, moribundas e sob risco de contágio do corona vírus), vibramos, ainda, com alegria para saldar os mortos que aqui tiveram suas passagens deixando registro positivo de contribuição para a evolução do planeta. Segue a transição planetária para um mundo melhor e para logo ali nos reencontrarmos nos planos celestiais do amor.


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