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FACULDADES OU BANCOS COM GARANTIA DE FUTURO?


25/03/2015

Foto: autor desconhecido.

             O mundo moderno trouxe qualidade de vida e bilhões de ofertas atrativas e antes nunca imagináveis. Associado a isto a tecnologia para atender as grandes massas. O capitalismo e o consumo invadiram abrindo portas de casas, escritórios, indústrias e, claro, também as faculdades. Estas com excelente exemplo de portfólio de produtos e diferenciais como o EAD – Ensino a Distância, cartões de crédito personalizados e customizados e que oferecem parcerias e descontos para alunos, pais, parentes e ex-alunos; planos com facilidade de pagamento, calendário de eventos de arte, cultura, lazer, esporte, viagens, gastronomia, mão de obra especializada e muito mais.

A imagem daquele jovem sorridente com diploma na mão e futuro garantido é o que mais se vê nos anúncios de centenas de faculdades. Parece que como um clichê de comerciais de margarina com famílias felizes reunidas ao redor da mesa. Quase todos iguais. A dinâmica e conceito empreendidos é como se houvesse garantia de futuro. Como se as universidade tivessem esse poder de garantir sucesso. A realidade é outra.

Assistimos centenas de batalhões de jovens estudantes iniciando, porque não dizer, arriscando suas vidas em troca de carreiras profissionais com desejo e promessa de alcançar sucesso. Programas de incentivo e financiamento estudantil também promovem a educação para atender a demanda.

O que artistas famosos anunciam nas telas das TVs são faculdades que mais parecem bancos de talentos e negócios ou loja de departamentos. A estratégia é conquistar cada vez mais clientes. O foco são os jovens ávidos por um caminho de sucesso, fama, dinheiro, etc.

Sem falar na dificuldade da contra cena das greves de professores por melhores salários; o que fica por baixo e não nunca fecha é o ciclo das estratégias de marketing das faculdades que se multiplicam pelo país. Na hora de contabilizar vantagens e pontos fortes, inclusive da concorrência, se percebe que está longe de fidelizar o público. Abrir novas unidades e se tornar maiores no mercado não significa garantia de marca. O aluno sentindo violada a sua satisfação pela experiência adquirida muita vez debanda, desiste do curso, e isso acontece constantemente. Esse aluno se torna multiplicador de informação negativa a respeito da instituição. Aí já é tarde demais.

Faltou à faculdade alinhar estratégias de pós venda e manutenção de seus serviços, fidelizar suas promessas e entrega, e se tornar realmente uma marca forte, competitiva e com repercussão de mercado. Pior: ser uma faculdade ou banco de talentos que prepara bem os seus alunos.


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