Walter Santos

Multimídia e Analista Político.

Política

Decotelli se mantém ministro, mas perde aura acadêmica pós-graduanda e impõe à negritude uma falsa postura desnecessária


30/06/2020

O professor Carlos Alberto Decotelli

Quando saiu da reunião com o presidente da República mantendo-o como ministro da Educação, o novo titular, até festejado por acenos e diálogos com a academia, professor Carlos Alberto Decotelli substitui ao transloucado Abraham Weintraub de forma manca. A credibilidade foi demolida.

Não pelo fato de ser oficial reformado da Marinha, e até presidente do FNDE, com problemas sérios de gestão, mas o fato é que o primeiro integrante negro a compor o ministério de Jair Bolsonaro não podia mentir, e ele mentiu.

Fez pior, plagiou textos de sua pós-graduação inconclusa, o que no mundo acadêmico é insuportável. A rigor, o mundo contemporâneo vive abarrotado de Control C e Control V.

Mas, o mais difícil mesmo não tratado pela mídia é a falta de experiência do ministro, agora mentiroso, sobre o ensino de base do país . Não sabe de nada e isso é grave.

AFETANDO NEGRITUDE NA CONJUNTURA

Se olhar bem a História, o novo Ministro incorreu no estilo desconforme de outros aliados do governo Bolsonaro de destoar na postura normal de preceitos básicos de relacionamento, mas no caso dele, o fato de ser negro eleva a crítica à condição de dolo.

Ele assume o Ministério precisando pedir desculpas, mesmo porque todo o ocorrido lhe retira o brilho reivindicado.

Em síntese, é bolsonarista na essência.

De qualquer forma, torçamos pela superação.


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