Walter Santos

Multimídia e Analista Político.

Política

Como a sabedoria de viver fez da Maroquinha Ramos o abrigo primeiro para a consagração do Gênio singular também da Torre


19/06/2023

Gonzaga Rodrigues. (Foto: Reprodução)

 

Sobre Luiz Gonzaga Rodrigues já se disse muito e tanto, posto que em meio à imensidão de valores humanos em torno dele, resta pouco à quem ousa falar (escrever) sobre o Mestre que, deixando Lagoa Nova para trás, foi a Rua Maroquinha Ramos, no bairro da Torre, o primeiro abrigo civilizatório do genial escritor na Capital das Acácias.

A idade não me permite definir o formato e o jingado do andar de Gonzaga nesta rua torrelandense, daí ter que recorrer a outro gênio da nossa intelectualidade de nome Gilvan de Brito, o sábio veterano de andanças do Mestre.

Antes de enveredar por outros ambientes, alguns até sofisticados, Gonzaga experimentou a leitura antropológica da Torre pelo crescimento sucessivo de 1970 em diante quando o prefeito Damásio Franca decidiu rasgar a Avenida Adolfo Cirne e transformá-la na Beira Rio – José Américo de Almeida, aliás o ministro também foi o protetor do Mestre nos tempos de chumbo.

A Torre de Gonzaga, Gil de Brito e até de meus primeiros passos como moleque na Praça São Gonçalo há muito deixou de ser lugar de Casas de Palha, sem saneamento e habitado à epoca por muitos Xangôs, invarialmente alguns terminavam no cacete com a RP (Rádio Patrulha) em campo. Hoje virou lugar de negócios e de classe média para cima.

Foi preciso João Agripino, governador de fibra e ações, ser convencido pelo babaloxirá branco Carlos Leal Rodrigues a baixar Decreto proibindo intolerância religiosa e abrigando os umbandistas como espectro social de Gente civilizada.

De certo que, dos primeiros passos na vida para cá o Neguinho, como é carinhosamente tratado pelos amigos e irmãos de fé, se agigantou na simplicidade de ser genial sem deixar subir à cabeça a vaidade besta dos homens e das mulheres.

Virou uma instituição, o maior de todos os escritores vivos, agora, nesta segunda-feira, comemorando 90 anos de vida abrigando o lançamento de novo livros a traduzir seus passos de escritor maior da Parahyba velha de guerra.

Uma honra ser seu amigo.

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“O nome / a obra imortaliza…”


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