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CINQUENTA TONS EM CINZAS


01/03/2015

Foto: autor desconhecido.

{arquivo}       Eis que estreia nas telas do Brasil a versão do Best seller Fifty Shades of Grey (mais de 40 milhões de exemplares vendidos em todo o mundo), de Erika Lenard James, Ed.Intrínseca (2011); o filme Cinquenta Tons de Cinza, dirigido pela diretora Sam Taylor Johnson para a Universal Pictures.                                                                                                              
Com expectativa inicial de um público de três milhões de curiosos só em nosso país, Cinquenta Tons de Cinza é um romance erótico produzido para atingir o público jovem e mamães. Recorde de bilheteria, as filas dobram quarteirões e na Europa já bate Harry Potter. Mais que isso; o filme é uma como que aula para iniciantes de aventuras sexuais de sadismo, masoquismo e bondage (um tipo específico de fetiche onde a principal fonte de prazer consiste em amarrar e imobilizar o parceiro ou pessoa envolvida).                                                                                
Mas, o que o filme traz de bom? Um amigo liga e pergunta: – Afinal, as mulheres gostam de apanhar? Porque os cinemas estão batendo recorde de bilheteria? Curiosidade, atração sexual, o quê afinal?

Christian Grey, interpretado pelo ator Jamie Dornan, é um jovem milionário, machão, bonitão, corpo sarado, bombado, e com problemas psicológicos de infância a serem resolvidos. Embora assim, nada disso inibe os suspiros e gritos histéricos dentro do cinema quando aparece nu, pronto para desvirginar sua parceira. Ouvem-se frases do tipo: – Delícia! – Ai que homem lindo, vou levar pra casa…

Anastasia Steele (Dakota Johnson) é a mocinha, jovem, estudante de literatura que se envolve num primeiro lance com o magnata. Ela é submetida a todo tipo de prova de amor até ser amarrada e levar uma série de chicotadas no bumbum. Se isto é amor ainda não sabemos. É como se não existisse por lá a Lei Maria da Penha…

O que há por trás de todo esse sucesso corrompendo a mente de milhões de expectadores em todo o mundo é motivo para estudo em universidades do comportamento social, gestores de negócios atraídos para a venda de gravatas, produtos de sex shoppings, carros, hotéis, e diversas outras grifes, sem esquecer livros e filmes. O que tudo isso tem a ver com amor? Dane-se! Cinquenta Tons de Cinza é um filme luxuoso e chato que leva a lugar nenhum, lamentável, onde talvez o que possa salva-lo é apenas a conta bancária dos produtores e a música.


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