O discurso apresentado pelo presidente Jair Bolsonaro nesta 3a feira na abertura de nova assembleia da ONU, nos EUA, expôs ao mundo uma abordagem positiva diante de mais de 2 anos de governo extremamente diferente da realidade vivida pelo país. Falou, em síntese, exclusivamente para sua turma aliada.

Único chefe de estado sem estar vacinado na Assembleia da ONU e ainda insistindo em tratamento precoce no combate à COVID cujo efeito tem sido atestado por organismos internacionais como ineficaz, Bolsonaro expôs uma narrativa contraditória posto que tem atacado de fato às instituições, mas se diz defensor da Democracia e da Constituição, quando no País vários processos em curso provam o uso da força e de ataques inconstitucionais.

Pior é acusar o isolamento produzido por estados e municípios como causador de inflação global, algo mentiroso até, por isso é contra o passaporte sanitário, outro absurdo conjuntural.

O presidente pintou um Brasil contemporâneo irreal posto que, na prática, convivemos com alto índice de desemprego, inflação, desmatamentos recordes, ampliação do número de pessoas abaixo da linha de pobreza, políticas públicas equivocadas, etc, sem contar os retrocessos e envolvimento com esquemas de corrupção na aquisição das vacinas.

Repetimos: o presidente discursou para seu cercadinho reproduzindo inverdades num plenário global.

CORRUPÇÃO

Ele negou existir o que está em curso, através de investigações, que é a constatação de rachadinhas de seu filho, senador, como cobranças de propinas da Covaxin e outros ilícitos de negociações para desvio de recursos públicos.

Por essas e outras existem 126 pedidos de Impeachment na Câmara dos Deputados.

De fato, o presidente se restringiu aos seus fieis aliados, que são minorias.