Walter Santos

Multimídia e Analista Político.

Geral

As medidas de Ricardo


11/01/2005

Foto: autor desconhecido.

Bastou o vazamento de algumas medidas apresentadas à Câmara Municipal pelo Governo Ricardo Coutinho para o barulho tomar conta da cidade. Não houve sequer tempo para exame detido de cada uma das propostas, mesmo assim as mídias radiofônicas deixaram ser tomadas pela repercussão dos projetos-de-lei.

Houve reação para tudo o que é gosto, em especial no sentido de críticas ao projeto que trata da criação do Fundo de Desenvolvimento – entre todas as medidas, o fato novo de repercussão mais expressiva se vier a ser posto prática.

Como não houve habilidade pelo prefeito de expor a questão, isto é, dizer com todas as letras que não se trata de novo Imposto, e sim, a dedução de 1,5% da receita absorvida pela Prefeitura, o projeto foi tratado como o Vilão da parada. Diga-se de passagem, injustamente.

Tudo tem a ver mais com a natureza da realidade político-partidária local do que pelo exame detalhado da matéria, considerada indispensável para gente como o consultor econômico Mauro Nunes Pereira, seguramente um dos maiores especialistas em matéria de fomento à micro e pequena empresa deste Brasil.

Lembrou ele em e-mail ao Colunista, que foi numa proporção infinitamente menor, em Bangladesh, que o mundo viu concretizada a mais forte experiência de micro-crédito já produzido numa economia de problemas parecidos com o Brasil, de sorte a Paraíba velha de guerra, gerando recuperação econômica como não se via.

A questão é simples de entender: sem crédito – sem aval, sobretudo, não há sistema financeiro nem público no mundo capaz de fomentar o micronegócio que, na verdade, representa 68% dos negócios em todo mundo.

Comparativo à parte, o fato é que o mais consistente projeto apresentado por Ricardo Coutinho acabou sendo afetado pelo fenômeno do “galo de chante-è-cler”, que muita gente ousou dizer ter ouvido, mas não se sabe onde e quando.

Guardadas às proporções faltou (ou falta) ao prefeito eleito explicar com paciência e clareza cada conjunto de medidas exposto para conquistar a cumplicidade na base da razão, mesmo com a antipatia cristalizada entre membros da Oposição dentro e fora da Câmara.

Como Governo, Ricardo precisa ajustar sua estratégia, pois, faz tempo deixou de ser estilingue.

O troco

Como argumento público, a história exposta pela Mesa Diretora da Câmara Municipal para transferência da solenidade de posse do vice-prefeito Manoel Júnior foi a necessidade de melhorias no plenário menor.

O ex-presidente da Casa, Fernando Milanez, disse, entretanto, que não havia necessidade de qualquer serviço de reparação no plenário.

Em sendo assim, tudo poder ser tratado como retaliação às cenas vividas pela Mesa Diretora na posse no Teatro Santa Roza.

Fase final

O governador Cássio Cunha Lima passou os últimos dias inteiramente tomado de análises sobre as mudanças a anunciar nos próximos dias sobre a reforma no Estado.

Embora insista em não antecipar o bojo das propostas, sabe-se que o Planejamento incorporará a Gestão para enquadrar melhor as ações de Cícero.

Ações pra valer

O prefeito de Campina Grande, Veneziano Vital, anda pára de produzir medidas para buscar sanear as finanças na edilidade. Agora mesmo está ajustando a política fiscal da prefeitura.

No paralelo, exonerou centenas de cargos comissionados e anda fazendo faxina nas ruas da cidade.

Reação no PL

Os vereadores Aníbal Marcolino, Pastor Arcanjo e Zezinho do Botafogo estão se apegando ao deputado federal Wellington Roberto, também do PL, para criar um movimento visando tirar o deputado Inaldo leitão do partido.

-Ele é que deve deixar o PL por não representar muita coisa – diziam ontem os vereadores.

Não é verdade assim, porque Inaldo desfruta de prestigio no PL nacional.

Umas & Outras

… Cássio recebe hoje os reitores da UFPB, UFCG e UEPb.

… O presidente do PT estadual, Adalberto Fulgêncio, se recupera de forte crise de hérnia de disco. Mas anda antenado com as coisas do partido.

… O vice-presidente da Federação Carnavalesca, Cardivando de Oliveira, concedeu demorada entrevista ao Abra o Jogo, ontem, falando das dificuldades para realizar Carnaval Tradição este ano. Hoje vai ter reunião com a Prefeitura.

Última

“Agora quero ver quem tem razão/ será/ será o Benedito…”


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