Geral

AMANHÃ, MESMO QUE UNS NÃO QUEIRAM…


28/04/2015

Foto: autor desconhecido.

            Diz a música de Guilherme Arantes: Amanhã, mesmo que uns não queiram, será de outros que esperam ver o dia raiar… E continua, contemplando as forças além do ilusório que tendem levar pra cima, evoluir. É uma questão daqueles que tem esperança, que creem, se esforçam, são diretamente responsáveis por correr riscos e mudar e melhorar o mundo.
Estive pensando nisto, andando nas ruas, olhando as vitrines, lendo as manchetes dos jornais, observando no comportamento humano. Mesmo, apesar da corrupção, dos dramas sociais, das tragédias e todo tipo de contra tempo que a vida apresenta, somos obrigados a confirmar que houve e há lugar para mudanças. Que o mundo gira e as coisas acontecem mesmo que pareçam aquém do que esperançamos.
Há forças agindo, emergindo, reagindo. Nosso olhar vai além do ilusório, caindo na realidade dos números potenciais, das economias, das estratégias de mercado, do perfil social, econômico, religioso, demográfico, etc. As demandas estão ai, todas comprovando o exercício de criação eterna dos valores contemplados a partir de Deus – a inteligência suprema.
Ao ver programas de TV como aqueles recentemente apresentados na Globo, comemorativos dos 50 anos da emissora, nos sentimos orgulhosos por tamanha produção e isso independe de nossa opinião a respeito do posicionamento político da empresa. Ao ver, por exemplo, no design das pequenas lojas de franquias do comércio, espalhadas por diversas metrópoles e também pequenas cidades do país, como produtos alimentícios, perfumaria, drogaria, roupas e acessórios, a cabana eletrônica em que se transformaram nossas casas, percebe-se a realidade distante do que tínhamos há pelo menos dez, vinte anos atrás.
As cidades mudaram de perfis, a família mudou, a escola mudou, também mudaram as universidades, as moradias, as igrejas, e tudo o mais. A forma de conviver e realçar a vida sofreu tamanho impacto. Saímos de um mundo de pequenos hábitos em que décadas e até séculos eram necessários para mudar qualquer coisa, para um mundo veloz, cada vez mais veloz. Um mundo de tecnologias que beneficia a medicina, o ambiente doméstico, a comunicação virtual, e atravessamos as barreiras do impossível. Falamos e publicamos e trocamos fotos, documentos, música, dados, a qualquer hora com qualquer pessoa onde esta se encontre no planeta, até fora deste…
Muita coisa ainda há que mudar e precisa ser urgentemente repensada. Corremos risco de deixar um enorme lapso na conta de nossas histórias de vida com impacto para todas as próximas gerações caso não atentemos para a problemática moral, para o concurso de exercício de sublimar nossas relações no ambiente de convivência com o aqui e agora e o cosmos. Precisamos inserir lições básicas como reconciliar, perdoar, auxiliar, compartilhar, ajudar ao próximo, etc. Coisas que Jesus ensinou ao passar por aqui. Coisas com foco na pessoa como indica o marketing 3.0, segundo Phillip Kotler. E rever o foco de nossos comportamentos morais e deixar a mesquinhez de lado porque tudo aqui passa, inclusive, o amanhã, para dar lugar a novas auroras. É bastante um olhar ao redor. Amanhã, mesmo que uns não queiram, o sol há de raiar, acima do ilusório. Amanhã.

Gil Sabino é jornalista e gestor de marketing.
g.sabino@uol.com.br


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