José Nunes

Jornalista, escritor e integrante do IHGP.

Economia & Negócios

Agroindústrias estão fortalecendo agricultura familiar


22/01/2021

Foto: autor desconhecido.

Instalações de agroindústrias de queijos, doces, bolos, polpas de frutas diversas e farinha de mandioca estão garantindo emprego e renda para dezenas de famílias agricultoras em 56 municípios paraibanos. Isso é o resultado de cursos sobre Boas Práticas de Fabricação de Alimentos (BPF) para mais de 1.250 agricultores, principalmente aqueles fornecedores de produtos aos programas institucionais como o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) e o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA).

De acordo com o coordenador dos cursos, engenheiro agrônomo da Emapaer, Genival Soares da Silva, das 56 agroindústrias programadas – a maioria já em fase final de conclusão e certificação – foram instaladas 10. Esse trabalho conta com parceria da Agência Estadual de Vigilância Sanitária (Agevisa), apoio da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e prefeituras municipais, por meio das secretarias da Saúde e da Educação.

Genival explicou que, além de incorporar novos conceitos tecnológicos às formas convencionais de processamento de alimentos em cumprimento a legislação sanitária para a obtenção de produtos isentos dos perigos biológicos, químicos e físicos, as capacitações ensinam boas práticas de fabricação de alimentos, procedimentos de padrão de higiene operacional e instruções de trabalho.

Gurinhém – O agricultor familiar Martinho de Paiva, do município de Gurinhém, é um caso de sucesso desde que começou a receber orientações técnicas da extensão rural. Seu empreendimento rural, localizado na granja Nossa Senhora da Conceição, numa área de 5,5 hectares, deu uma alavancada depois que ele participou, em 2014, do curso de Boas Práticas de Manipulação de Alimentos e implantou uma agroindústria de polpas de frutas.

Contando com mão de obra familiar constituída pela sua mulher Ana Lúcia, e seu filho Maurício Souza, o agricultor produz anualmente 50 toneladas de polpas de maracujá, cajá, manga, acerola, goiaba, graviola, caju, cajarana e abacaxi, frutas abundantes na região.

Apesar de ter começado a produzir polpas no ano de 2013, foi a partir de 2016 que seu empreendimento deslanchou, com a aquisição do selo do Serviço de Inspeção Estadual (SIE) e do Serviço de Inspeção Federal (SIF).

Para incrementar sua agroindústria com maior capacidade de armazenamento, o agricultor está negociando, por meio de um projeto, uma câmara fria.    A ideia é armazenar maior quantidade de frutas, e com isso, manter a constância do produto para poder atravessar a entressafra sem deixar faltar frutas para meus clientes.


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