A paz é comemorada e referendada entre os homens em quantidade tamanha de mensagens e expressões que sequer paramos para observar ou mensura-la. Já as guerras, estas tomam proporção de desespero na cabeça da maioria das pessoas. Como um pesadelo, um dos maiores perigos ofertados na experiência da terra. As vidas são assim, colocadas em jogo servindo ao risco dos súditos que lá estão em campos de guerra, sem que nada possa atingir aos seus mandatários.

Desde que o homem, na escala da evolução, desenvolveu o raciocínio emocional, e derramou a primeira lágrima, a partir de então nunca mais sua existência seria a mesma. O convívio com os seus parentes, o afeto, o carinho, o amor, mudaram a configuração objetiva de seus significados íntimos, na particularidade de cada um, e este homem cresceu, avançou nos propósitos da vida a partir do uso da razão. Pode assim, raciocinar entre o bem e o mal, entre sim e não, e fazer escolhas.

Pois bem, “entre os sábios da Antiguidade, os gênios, que eram também guerreiros, foi descoberto que o manejo das armas era uma coisa inútil, e ensinaram a um mundo cansado que o caminho da salvação encontrava-se na não violência, e não na violência”. Tá lá, escrito em um desses livros sobre princípios de vida, sob a autoria de Mahatma Gandhi.

Assistindo aos noticiários que nos chegam através da televisão e da internet, percebemos que as partes envolvidas nessa guerra da Rússia contra a Ucrânia, e que envolve também a comunidade Europeia, com impacto para todas as nações do planeta, não há um lado sequer a defender a não violência. Falam em acordos, em pressão e sansões econômicas, envio de mais armas para defesa e tudo o mais, não calculando o custo do envio de milhares de homens para os campos de batalha, os trilhões de dólares investidos em armamento de alta complexidade e sofisticação, enfim…

Estamos ainda tão atrasados que fazemos escolhas dessa ordem de constrangimento, vitimados pela própria ganância, pelo capitalismo que a tudo defende em nome de riquezas, de petróleo, de fósseis, em nome do poder, enquanto tudo passa…

Não há uma voz capaz de estancar o sofrer de multidões, homens, mulheres, crianças, idosos, nada. A não violência parece ser um tema esquecido de ser colocado à mesa. O que há são cada vez mais desafios de quem pode mais, quem é o mais perverso e que ganhará a guerra. Parecendo-nos até o presente que a Rússia tenha arsenal capaz, uma vez que os europeus ou os Estados Unidos não deram ainda as suas principais cartas.

O cenário é de insegurança, apreensão, parecendo que o mundo quer evitar envolver-se ainda um pouco mais, embora discuta entre si, na maioria, saídas beligerantes para a paz.

A Não Violência, que nos ensina Gandhi, Jesus, e outros de até pouco tempo atrás, é a sabedoria indicando soluções de paz. É o mantra de que deveriam se revestir todos os soldados do amor. Pensem nisso, na não violência…