Caetano Veloso mais do que baiano é filósofo contemporâneo da vida humana carimbando seus olhares profundos, como fez lá atrás ao produzir uma canção divina de nome “Baião da Penha”, cujo conteúdo e essência me faz lembrar da Torre, a construção de uma vida de muita fé no que virá, mesmo que seja preciso suar muito para objetivos serem alcançados.

Neste sábado, 25, em mais uma Romaria percorremos 14 quilômetros da Igreja de Nossa Senhora de Lourdes até a Praia da Penha carregando comigo as memórias de Maria Júlia, nossa eterna líder filosófica da Torre, mano Duda capaz e toda nossa família e amigos de fé.

Na canção soberana, Caetano incita nosso quengo com emoção :

“Demonstrando a minha fé/
Vou subir a Penha a pé/
Pra fazer minha oração/
Vou pedir à padroeira/
Numa prece verdadeira/
Que proteja o meu baião”

Ele arremata:

“Nossa Senhora da Penha
Minha voz talvez não tenha
O poder de te exaltar
Mas dê bênção padroeira
Pressa gente brasileira
Que quer paz pra trabalhar”
TANTA GENTE, OS SONHOS DE SER

Percorrer a Romaria é um exercício sociológico prático. Ao longo do percurso, nos deparamos com gente de todas as espécies e condições. Não há distinção de raça nem credo, volta e meia observando e sob fluídos da mãe e filha Bebeta e Sofia Freitas reproduzindo a Fé humana total no longo caminhar.

Vimos de tudo na caminhada a gerar exaustão, até nossa gente política e muitas mulheres em devoção emocionante até chegar na praia. Fomos ao lado até certo trecho com a Santa matriz, a primeira dos pescadores, agora sob comando de Marcos Medeiros. O andor este ano pareceu mais pesado.

Seja como for, saudamos a todos os que professam ou não a Fé no divino representando na Romaria em Nossa Senhora da Penha. Para encerrar,
Lembremos a força da poesia caetana:

“Penha! Penha!/
Eu vim aqui me ajoelhar/
Venha, venha,/
Trazer paz para o meu lar.”

ÚLTIMA

“Nossa senhora/ me dê a mão/ cuidai do meu coração / da minha vida”