Rui Leitão

Jornalista e escritor.

Geral

A convivência


01/12/2014

Foto: autor desconhecido.

 

Desde que nascemos aprendemos que na vida precisamos nos relacionar com os outros. Isso é uma exigência da nossa condição de ser social. Nada fazemos se não for na mutualidade de ações, no aprendizado uns com os outros, na harmonia dos relacionamentos. Temos que ser capazes de exercitar a convivência.

Em todos os ambientes sociais, nos deparamos com diferenças entre as pessoas, conflito de interesses, diversificação de gostos e opções, personalidades distintas. A primeira condição para que possamos estabelecer uma boa convivência é respeitar essas diferenças, sermos tolerantes com os defeitos dos outros e pacientes com as divergências de opiniões e comportamentos.

O egocentrismo é a postura mais impeditiva de uma convivência pacífica. A ambição, a ganância, a sede de poder, conduzem o indivíduo a situações de competição que prejudica a arte da convivência. Existem pessoas que têm dificuldade em se relacionar, exatamente porque não conseguem administrar os desentendimentos, as discordâncias, as incompatibilidades.

A convivência abre oportunidades para o diálogo que constrói. Cultivar relações é a essência do bem viver. Nos relacionamentos compartilhamos inclusive nossas vulnerabilidades e nos ajudamos reciprocamente nas necessidades. Nós só podemos praticar o bem e a justiça se tivermos uma convivência pautada nos limites da ética e do respeito.

O mundo contemporâneo nos mostra uma conduta humana obcecada pelo poder, pela riqueza e pela fama. Isso vem se tornando, cada vez mais, uma ameaça à boa convivência social. As guerras, os crimes, a excessiva necessidade de consumo, são fatores de desagregação, estimuladores da desordem coletiva, provocadores da desarmonia entre os seres humanos.

A cada amanhecer, de um novo dia, devemos nos advertir de que nosso bem estar depende da nossa capacidade de exercer uma boa convivência com as pessoas que nos cercam. Conviver é usufruir bem da vida comunitária, sem perder a identidade própria.

• Integra a série de crônicas “SENTIMENTOS, EMOÇÕES E ATITUDES”.


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