A capital do Estado da Paraiba convive com a expectativa de ter muito em breve 1 milhão de habitantes, o que lhe confere a condição longe da saudosa, outrora província e um amontoado de desafios típicos de cidade grande e/ou em evolução. Somos uma sociedade em potencial precisando, por conta disso, resolver diversos gargalos estruturais e sociais.

A rigor, em que pese a existência da turma do contra, João Pessoa vive uma fase ascendente, tanto que as estatísticas provam ser a cidade o ambiente de consumo de muita gente que quer viver sua última fase da vida morando entre nós.

A PRÉ-CANDIDATURA DE QUEIROGA

A terça-feira acordou com o barulho do lançamento da pré-candidatura à PMJP pelo PL do médico Marcelo Queiroga, profissional conceituado, mas sem experiência de gestão no tamanho da exigência de uma cidade do perfil da nossa.

Ao invés de se apegar numa estratégia e/ou prospecção de pré-candidatura em cima de propostas ousadas para a cidade, ele resolveu ancorar o lançamento à figura do ex-presidente Bolsonaro e de uma forma exageradamente dependente, algo que gera restrições em boa parte do eleitorado na direção do futuro.

RACHA A RESTRINGIR

Mais do que tudo, Marcelo Queiroga rachou de vez a Oposição tipificada bolsonarista diante de outros nomes até mais avaliados na perspectiva eleitoral, a exemplo de Nilvan Ferreira, Cabo Gilberto e Pastor Sérgio Queiroz. Este cenário enfraquece o significado e perfil desta Oposição. Ruy Carneiro está noutra.

O fato é que, ultimamente, Marcelo resolveu radicalizar na extrema direita sem nenhuma necessidade desse extremismo louvado à imagem de Bolsonaro e seu saldo de retrocessos. Vai pagar por isso estragando uma opção de futuro promissor agora cada vez mais restrita pela forma e conteúdo. O fato é que vamos acompanhar tudo em cima do lance.

Eis o resumo da ópera.

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“Em terra de cego/quem tem um olho é rei…”