Paraíba

CNI e FIESP apresentam oportunidades de investimentos na Bolsa de Valores de Nova York


15/09/2023



As relações econômicas com os Estados Unidos são estratégicas para o Brasil, especialmente para a indústria, com importante impacto na economia brasileira. Os EUA foram o principal país investidor no Brasil, com estoque de investimentos de US$ 152,5 bilhões em 2021, segundo levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI), com base em dados do Banco Central. (Confira mais números abaixo).


“O Brasil tem plenas condições de inaugurar uma nova fase de desenvolvimento industrial baseada em baixa emissão de carbono, respeito ao meio ambiente, com mais inserção internacional e inovação. Para isso, é necessário implementarmos medidas capazes de atrair indústrias que precisam de energia limpa, para ampliarmos os investimentos em fontes renováveis e em hidrogênio verde”, destaca o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade.


Para fortalecer ainda mais a parceria bilateral e a integração internacional brasileira com os EUA, a CNI e a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) reunirão, na próxima segunda-feira (18), na Bolsa de Valores de Nova York, autoridades e industriais brasileiros, e investidores e representantes de empresas americanas, para a primeira edição do Brasil em foco: mais verde e comprometido com o desenvolvimento sustentável, que vai abordar exemplos de políticas públicas, oportunidades de negócios e de investimentos no Brasil em transição ecológica e energética, descarbonização e infraestrutura voltadas ao crescimento sustentável.

O evento será divido em três painéis:

Painel 1: Transformação Ecológica e Energética: O Brasil e o Mundo

Convidados: Fernando Haddad, ministro da Fazenda; Marina Silva, ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima; Ilan Goldfajn, presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

Painel 2: Ambiente de negócios

Convidados: Ricardo Lewandowski, presidente do Conselho de Assuntos Jurídicos da CNI; Bruno Dantas, presidente do Tribunal de Contas da União (TCU); Jorge Viana, presidente da Apex-Brasil.

Painel 3: Planejamento, financiamento e infraestrutura

Convidados: Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energia; Jader Filho, ministro das Cidades; Luciana Costa, diretora de Infraestrutura, Transição Energética e Mudança Climática do BNDES; David Turk, secretário substituto do Departamento de Energia dos Estados Unidos (DOE).


Aviso para imprensa: o credenciamento de jornalistas deve ser feito, impreterivelmente, até as 18h de domingo (17) pelo e-mail: imprensa@cni.com.br

  • O QUE: Brasil em foco: mais verde e comprometido com o desenvolvimento sustentável
  • QUANDO: 18 de setembro, às 10h
  • ONDE: New York Stock Exchange – 11 Wall Street, Nova York, NY 10005

Principais aspectos da relação econômica e comercial Brasil-EUA

Os principais números das relações econômicas entre Brasil e Estados Unidos apurados nos últimos anos estão na Análise de Política Comercial N° 8, elaborada pela área econômica da CNI, a partir das bases de dados do Banco Central, Comex Stat e IBGE. O documento na íntegra pode ser acessado aqui.

  • Os EUA são o principal parceiro do Brasil quando se consideram exportações brasileiras de bens da indústria de transformação; vendas externas de produtos de maior intensidade tecnológica; comércio brasileiro de serviços, tanto nas vendas, quanto nas aquisições; e investimentos estrangeiros no Brasil e os investimentos brasileiros no exterior.
  • Os EUA são o segundo principal destino das exportações brasileiras totais. As exportações de bens do Brasil para lá somaram US$ 37,4 bilhões em 2022. A primeira posição é ocupada pela China, destino de US$ 89,4 bilhões das vendas externas brasileiras no último ano.
  • Embora a China e a União Europeia sejam os principais destinos das exportações brasileiras em termos de valor, o impacto econômico das exportações do Brasil para os Estados Unidos é proporcionalmente mais significativo. Em 2022, cada R$ 1 bilhão exportado pelo Brasil para o país contribuiu para a criação de:
    • 24,9 mil empregos;
    • R$ 545 milhões em massa salarial e
    • R$ 3,6 bilhões em produção por bilhão exportado.

Comércio exterior da indústria de transformação

  • O maior impacto das exportações brasileiras para os EUA é motivado pela alta participação de bens da indústria de transformação na pauta exportadora bilateral. Das vendas externas para o país, em 2022, 78,9% são concentradas em bens da indústria de transformação.
  • Entre 2013 e 2022, as vendas externas de bens da indústria de transformação do Brasil para os EUA somaram US$ 223,8 bilhões – o que representou 16,7% das exportações do setor em média. A Argentina e a China vêm logo em seguida, respectivamente, com participação de 9,7% e de 8,3%.
  • O comércio de bens da indústria de transformação do Brasil com os Estados Unidos foi recorde em 2022, alcançando US$ 29,5 bilhões em exportações e US$ 43,1 bilhões em importações. Na comparação com 2021, as exportações cresceram 15,6% e as importações aumentaram 26,7%.

Investimentos dos EUA no Brasil

  • O estoque de  investimentos dos EUA no Brasil em 2021 representou 23,1% do total.
  • Quando analisados os investimentos brasileiros no exterior, os EUA ocupam a segunda posição, atrás apenas dos Países Baixos. O estoque de investimentos brasileiros nos EUA foi de US$ 28,6 bilhões em 2021 – 6,6% do total.

Brasil e Estados Unidos: as prioridades da indústria brasileira

  • Implementar os protocolos ao Acordo de Comércio e Cooperação Econômica (ATEC);
  • Celebrar um novo protocolo ao ATEC sobre economia digital;
  • Implementar o Acordo de Reconhecimento Mútuo de Operador Econômico Autorizado (OEA);
  • Negociar um Acordo de Dupla Tributação (ADT);
  • Mitigar ou remover barreiras comerciais;
  • Fortalecer o diálogo bilateral sobre sustentabilidade;
  • Reforçar os mecanismos de diálogo bilateral;
  • Promover a integração de cadeias de valor;
  • Retirar o Brasil da “Lista de Atenção” do Relatório Special 301;
  • Implementar o projeto-piloto Patent Prosecution Highway (PPH) como programa permanente;
  • Reduzir o tempo de análise de patentes.


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