Polêmica na Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP). Durante votação que ocorreu nesta semana na Casa de Napoleão Laureano, a base de situação do prefeito Luciano Cartaxo (PV) andou batendo cabeça. Isso porque a vereadora Eliza Virgínia (PP) votou contra a proposta de remanejamento orçamentário proposto pelo Executivo e resolveu não prestigiar a Secretaria Municipal de Proteção e Defesa do Consumidor Procon-JP, pasta comandada por Helton Renê (PCdoB).

Com um tom de disputa em ano eleitoral, já que ambos disputam a preferencia de eleitores dentro de igrejas em João Pessoa, Eliza questionou a destinação de R$ 160 mil para o pagamento de servidores por tempo determinado ao Procon e apontou e que estes recursos da Prefeitura poderiam estar sendo direcionados à interesse eleitoral. 

“É muito temerário [a destinação] porque a gente não sabe como é o funcionamento disso, então pela dúvida que nós temos e pela necessidade da implantação desses salários e contratação de pessoal, é que nós vamos está encaminhando requerimento e solicitando todo esse relatório do funcionamento do Procon, quantas pessoas tem e da necessidade de contratação de mais 160 mil reais em pessoal nesse ano eleitoral”, disse a vereadora.

Helton Renê, secretário Executivo da pasta, destacou, em resposta a vereadora, que esses recursos sejam destinados para manter a equipe já existente no local, não para novas contratações, enxergando, segundo ele, como “estranho” os questionamentos de Eliza, já que isso se trata da “manutenção de serviços” que são essenciais para a população como a proteção do direito da sociedade consumerista pessoense.

“Francamente eu não tenho muito o que falar sobre isso, até porque a parte administrativa da Prefeitura não passa por nós [Procon], esses recursos devem ser algo relacionado ao que já tem dentro da estrutura. Com tanta coisa para se preocupar e a vereadora vem se preocupar por conta de recursos para manter serviços diante da sociedade, chega a ser até um paradoxo”, afirmou.

Ainda segundo ele, as atitudes da vereadora não causam estranheza se tratando de ano eleitoral, definindo como “coisa pequena e medíocre” a atitude de Eliza.

“Pra mim não chega a ser nenhum tipo de surpresa, cada um fala o que quer e boca foi feito para se falar. Infelizmente pessoas que falam muito terminam no final das contas mordendo o próprio anzol. Enfim, deixa o futuro dizer por si mesmo. Eu não trabalho em cima de discussões, acho isso medíocre, pequeno, nosso trabalho é em prol da sociedade. Você conhece a árvore pelos frutos que dá”, concluiu Helton.