Política

Chioro afirma que “poderíamos ter evitado pelo menos 250 mil óbitos, só com a CoronaVac”

Ex-ministro fez a conta da irresponsabilidade do governo Bolsonaro a partir de depoimento do diretor do Instituto Butantan


27/05/2021

O médico sanitarista Arthur Chioro, e o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas - Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

Portal WSCOM com Fórum

O ex-ministro da Saúde Artur Chioro afirmou, ao comentar um trecho do depoimento do diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, nesta quinta-feira (27), na CPI do Genocídio, que “poderíamos ter evitados no mínimo 250 mil óbitos, só com a Coronavac”, se ela tivesse sido comprada a tempo pelo governo de Jair Bolsonaro (Sem Partido).

Chioro disse que, “de acordo com o depoimento de Dimas Covas, perdemos três meses e meio para oferecer vacinas pela interferência do Governo. Ou seja, poderíamos ter evitados no mínimo 250.000 óbitos, só com a Coronavac. Imagine se somarmos a isso o que deixamos de oferecer da Pfizer, Janssen, Sputnik, entre outras?”, pergunta o ex-ministro.

“Somando informações obtidas na CPI até agora, teríamos condicões de ter antecipado 18 milhões de doses da Pfizer até março e 100 milhões da CoronaVac três meses e meio antes. Somando isso às doses já distribuídas, teria sido possível vacinar toda a população vulnerável (78 milhões de pessoas), mais 74,5 milhões de brasileiros não vulneráveis”, afirma Chioro.

O ex-ministro ainda completa: “Ou seja, teríamos 152 milhões de brasileiros vacinados (71,2% da população) e já estaríamos na imunidade de rebanho vacinal”.

Dimas Covas afirmou que o Brasil poderia ter sido o primeiro país do mundo a começar a vacinação se a instituição não tivesse tido entrave nos contratos com o Ministério da Saúde.

Os testes da vacina no país começaram em julho de 2020 em seis Estados, além do Distrito Federal. A primeira oferta de vacinas ao ministério, disse Covas, foi feita em julho de 2020. Nesse momento, foram ofertadas 60 milhões de doses que poderiam ser entregues ainda no último trimestre de 2020.

Segundo Covas, não houve uma resposta positiva. O contrato com o ministério foi fechado apenas em janeiro de 2021.

 



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