{arquivo}O terceiro dia do V Festival Atos de Teatro Universitário, 07 de dezembro, se iniciou às 09:30hs com a mesa redonda Teatro/Dança e novas mídias, composta por Meran Vargens (Professora da UFBA) e Leonardo Foletto (Jornalista e pesquisador, que acontece no Mini-Teatro Paulo Pontes (recepção do Teatro Municipal Severino Cabral).

No período da tarde prosseguem as oficinas de Cenografia, Direção e Improviso no Teatro Municipal Severino Cabral, já a oficina de Iluminação acontece pela manhã no Teatro do Sesc Centro.

Também a tarde, na sala de vídeo do Sesc Centro, às 14h haverá a mesa redonda sobre Produção para teatro, composta por Sidnei Cruz, criador do projeto Palco Giratório do Sesc, e Amazile Vieira, da Secretaria de Cultura do Estado da Paraíba. Logo após as 15h30m haverá a palestra com Titina Medeiros, que interpretou a Socorro na novela "Cheias de Charme" da rede Globo Titina vai falar do trabalho do grupo do qual participa, os Clowns de Shakespeare (RN), e discutir um pouco sobre as diferenças de interpretação para o teatro e para a televisão.

{arquivo}Titina Medeiros – Natural de Currais Novos, no Rio Grande do Norte, Izabel Cristina de Medeiros (Titina é um apelido de infância) mudou-se cedo para Acari. Caçula de três filhas, ela deixou a casa dos pais para estudar em Natal, aos 16 anos. Aos 18, entrou para o primeiro grupo de teatro, e chegou a se formar em Jornalismo.

Sua estreia nos palcos aconteceu em 1992, na peça A Bela Adormecida. Titina interpretou incontáveis personagens no teatro, incluindo a Rainha Elizabeth, na premiada peça Sua Incelência, Ricardo III. Dentre outros espetáculos, ela atuou em Dos Prazeres e dos Pedaços, Muito Barulho Por Quase Nada, Roda Chico, e O Príncipe do Barro Branco.
Em 2012, estreou na televisão, e hoje se dedica ao teatro junto ao grupo do qual faz parte, os Clowns de Shakespeare, que em 2013 completou 20 anos de existência.

Os Clowns de Shakespeare – Fundado no ano de 1993 na cidade de Natal, Rio Grande do Norte, o Grupo de Teatro Clowns de Shakespeare vem desenvolvendo um trabalho de pesquisa teatral com foco na construção da presença cênica do ator, musicalidade da cena e do corpo, e no teatro popular, sempre numa perspectiva colaborativa.
Mesmo sem trabalhar diretamente com palhaço, a técnica do clown está presente na sua estética, seja na lógica subvertida do mundo, seja na relação direta e verdadeira com a platéia, seja no lirismo que compõe o universo desses seres. Além, é claro, de toda a sua carga cômica.

As comédias shakespearianas vieram a contribuir para essa pesquisa. Sem adotar uma atitude "museológica" sobre o bardo, no entanto sem desrespeitar a sua genialidade, o desafio tem sido encontrar, na universalidade da obra do dramaturgo, o que faz sentido para o grupo.
No seu currículo, o grupo traz importantes conquistas que conferem uma posição de referência na cena potiguar e nordestina.

{arquivo}Ainda no Sesc Centro, o espetáculo "Espelhos" do grupo MASKE – Núcleo de Pesquisa e Experimentação Teatral – de Campina Grande (PB), faz sua pré-estreia às 17h. Fruto de ensaios e experimentações, “Espelhos” traz uma reflexão sobre o fazer teatral, a partir das experiências, desejos e questionamentos dos próprios membros do grupo, que buscaram assim desenvolver uma dramaturgia própria. Os atores são eles mesmos, atores num processo de montagem/ensaio, e são outros que aparecem e desaparecem no decorrer do espetáculo.
O MASKE é formado pelo encenador Claudivam Barbosa, pelos atores Gedeão Ferreira, Irene Ponciano, Rodrigo Yankovic, Rumennig Tavares, Samantha Pimentel, Marcos Moraes, Ivanneide Ouriques, pelos colaboradores Jefferson Souza (figurino) e Mayara Silveira (Design gráfico, fotografia e auxílio a preparação corporal).

A noite os espetáculos começam as 20h no Teatro Municipal Severino Cabral com a performance "Diacronia", espetáculo do grupo mineiro Tereza Teatro Experimental. O grupo surgiu da vontade de produzir trabalhos na área de teatro a partir das experiências e pesquisas efetuadas pelos seus integrantes. Tendo como primeiro trabalho desenvolvido, a performance Diacronia, espetáculo com duração de 20 minutos que busca falar sobre as diferentes relações que os sujeitos estabelecem como o tempo e as marcas que o tempo imprimiu tanto no corpo como na alma.

A montagem do espetáculo tem a dramaturgia composta pela poesia de Viviane Mosé e por textos produzidos a partir de pesquisas de campo. Com uma estética teatral contemporânea, composta de recursos audiovisuais e estabelecimento de pausas e silêncios como composições cênico-poéticas, o espetáculo propõe ao espectador um mergulho no universo pessoal de cada um e uma leitura crítica sobre o que temos feito com o nosso tempo.
Encerrando a terceira noite do V festival Atos se apresenta o espetáculo ‘Mais perto: Sem tempo e sem razão’ do grupo ‘Centauro’, da URCA (CE). O grupo foi fundado em 2009 a partir de trabalhos acadêmicos e, em paralelo, por oficinas ministradas pelo professor e diretor Marcio Rodrigues, e é integrado por Jéssica Avelino Sampaio, Rodrigo Tomaz, Jussyanne Emidio, Rômulo Borges, Israel Levi, Max Peterson (Operação de áudio e vídeo), e Maria Edvânia (iluminação). O ‘Centauro’ trabalha com propostas de teatro para crianças e adultos, pautadas numa pesquisa sobre a construção da cena híbrida e dos diálogos entre teatro, dança, música e visualidades.
O espetáculo parte da temática explorada pelo filósofo Zygmunt Bauman, livremente inspirados nas cenas de dramaturgia de “Closer”, de Patrick Marber. Com duração de 45 minutos, ‘Mais perto – Sem tempo e sem razão’ mostra quando temos a necessidade genuína de estar com alguém, em um mundo em que as relações humanas são cada vez mais frouxas e com rearranjos infinitos. Casais se unem e se desfazem com maior rapidez e facilidade, sempre com uma ânsia desesperada de preencher o vazio da intimidade. “Mais perto” é um pedido desesperado de pessoas que simplesmente não conseguem ficar sozinhas, mesmo que estejam acompanhadas.

A entrada para todo o Festival é gratuita. Para os espetáculos que acontecerão no Teatro Municipal Severino Cabral serão distribuídos ingressos, pois o Teatro tem cadeiras marcadas. Os ingressos podem ser retirados gratuitamente todos os dias a partir das 17hs na recepção do Teatro Municipal, e a partir das 19hs na bilheteria. Para os espetáculos apresentados no Sesc Centro não é necessário retirar ingresso. Também haverá a coleta de alimentos não perecíveis para serem doados ao Banco de Alimentos do Sesc, o público pode levar os alimentos em qualquer uma das atividades do Festival.

O V Festival Atos de Teatro Universitário é uma realização da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), Prefeitura Municipal de Campina Grande e Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), com apoio do Teatro Municipal Severino Cabral, Sesc Paraíba, Fundação Parque Tecnológico da Paraíba, Manjericão Trattoria, restaurante Frida Tacos e Creduni.
Mais informações e a programação completa no site do evento http://festivalatos.blogspot.com.br/

Sobre o Festival Atos

O Festival Atos de Teatro Universitário é uma iniciativa realizada por estudantes, funcionários e professores da Unidade Acadêmica de Arte e Mídia (UFCG), que está na sua quinta edição. O Atos visa reunir produções teatrais ligadas a universidades brasileiras ou a estudantes universitários, com o objetivo de possibilitar uma integração entre essas experiências.

Idealizado pelos alunos Ludemberg Bezerra e Paulo Henrique de Oliveira, da turma 2004.2 do curso de Arte e Mídia da Universidade Federal de Campina Grande, o Atos tinha como objetivo inicial mostrar a produção de teatro da turma, fruto da disciplina Oficina Básica de Artes II, e foi realizado no próprio auditório da Unidade Acadêmica de Arte e Mídia.

No ano seguinte, 2008, o que havia começado como uma mostra dos trabalhos da disciplina, se ampliou e resultou na primeira edição do Festival Atos de Teatro Universitário, que foi realizado no palco do Sesc.

Em 2009, o festival cresceu e obteve repercussão na mídia local, e nesta segunda edição, além da participação de espetáculos de outras cidades circunvizinhas a Campina Grande, houve a realização de oficinas.

No ano de 2011 o Atos trouxe para Campina Grande o grupo “Os Geraldos”, de São Paulo, com o espetáculo premiado “Números”, além de uma palestra da coordenadora do Festival Internacional de Teatro Universitário de Blumenau, Pita Belli, e outra palestra do professor Roberto Mallet, da Unicamp. Tivemos ainda uma palestra e o lançamento do livro “A Cena contaminada: Um teatro das disfunções”, do professor José Tonezzi, da UFPB (João Pessoa).

Em 2012 o Festival Atos ocupou vários espaços teatrais da cidade de Campina Grande, levando espetáculos ao Teatro Facisa, Teatro Municipal Severino Cabral, Teatro do Sesc, Teatro Rosil Cavalcanti, Centro de Arte e Cultura da UEPB e Largo do Açude Novo. Neste ano o evento trouxe também a sua primeira atração internacional, Sabine Uitz, além de novos como Fernando Villar (UNB) e Nelson Kao (idealizador do ‘Teatro para Alguém’).

O evento possui um caráter artístico e social importante, perante a realidade artística da cidade de Campina Grande atualmente, oferecendo aos cidadãos uma opção cultural de qualidade, e aos estudantes um espaço aberto à divulgação de suas produções teatrais.