Futebol

Carille é o sonho de investidores do Atlético-MG para o lugar de Dudamel; Cuca corre por fora diz Blog

"Técnico precisa saber como mexer o doce", diz presidente do Atlético.


27/02/2020

Thiago Ribeiro/AGIF

Por Blog do PVC



Os investidores do Atlético gostariam de ter Fábio Carille como técnico e Alexandre Mattos como diretor-executivo. Ninguém vai confirmar esta informação e não é fácil mesmo que isto ocorra. Carille tem dois jogos como treinador do Al Ittihad e Alexandre Mattos será dirigente do Reading, na Inglaterra. Não é barato.

Outro nome possível seria o de Mano Menezes, que já deixou claro que não pretende assumir nenhum trabalho no Brasil neste momento.O presidente Sergio Sette Camara garante que não pensou ainda em nenhum nome e só começará a buscar o mercado a partir da tarde desta quinta-feira. Neste caso, o da quinta demissão de técnico de clube da Série A em 58 dias do ano, não se descarta a razão do dirigente. Porque o Atlético desperdiçou suas duas chances concretas de troféu relevante em 2020. Perdeu a Copa Sul-Americana e a Copa do Brasil, antes de março chegar. “Tem de resetar tudo”, diz Sette Camara.

Começar um projeto novo, mas com o mesmo princípio. O diretor-executivo Rui Costa deixou o cargo. Júnior Chávare segue na gestão das divisões de base e o modelo segue sendo o de tentar fazer, na Cidade do Galo, o que o Grêmio fez em Porto Alegre. Montar um time com descobertas, mais com observação do que com dinheiro.

O dinheiro pode servir para contratar Fábio Carille, um dos nomes de preferência quando Alexandre Gallo era o diretor, em 2018. Perceba que o Atlético vai para seu terceiro diretor-executivo e para seu sexto treinador em pouco mais de dois anos de gestão de Sette Camara.

Com Dudamel, saem também seu assistente Marcos Mathías, seu preparador físico Joseph Cañas, o analista Rodrigo Piñon e o coach motivacional (seja lá o que isto signifique) Jeremías Álvarez. Assim como o Flamengo deu a Jorge Jesus a chance de trazer toda a comissão técnica para não ficar cercado pelos vícios de jogadores e comissões brasileiras, o venezuelano teve a mesma oportunidade, mas não resistiu mais do que dez jogos, com quatro vitórias, quatro empates e duas derrotas.

Há relatos de que Dudamel não ouvia os analistas de desempenho do Atlético, apenas o seu próprio, e que alguns jogadores torciam o nariz para as exigências de comportamento impostas no dia a dia do clube. Uma parte da direção atleticana desmente isso e afirma que os jogadores gostavam do treinador. Isso contrasta com a definição do presidente Sergio Sette Camara, para explicar um dos motivos do fracasso do técnico venezuelano: “É preciso saber como se mexe o doce.”

O Atlético será dirigido por James Freitas contra o Boa, mas o presidente descarta repetir por longo período as experiências de Thiago Larghi e Rodrigo Santana, que foram ficando como interinos até parecerem e, na prática serem, efetivos.

Fábio Carille é o desejo dos investidores. Cuca a demonstração de força da família Kalil. Não vai ser fácil tomar a decisão correta, para fazer o Atlético brigar pelo menos por vaga na Libertadores no Campeonato Brasileiro.



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