Paraíba

Campanha sobre desaparecidos na Paraíba

parceria


14/08/2013



Em breve será veiculada na Paraíba uma campanha sobre desaparecidos. A data de lançamento ainda não foi definida, porém, o Centro de Apoio às Promotorias de Justiça (Caop) da Criança e do Adolescente do Ministério Público estadual (MPPB) e o Conselho Regional de Medicina (CRM-PB) se reuniram para discutiram a parceria iniciada em 2012.

Na última reunião, a coordenadora do Caop, Soraya Escorel e o presidente do CRM-PB, João Medeiros, traçaram as diretrizes da campanha e analisaram as peças que já foram produzidas até o momento.

Estima-se que a cada 15 minutos, uma criança desapareça no Brasil. Em todo o país, ocorrem mais de 35 mil desaparecimentos por ano. Segundo especialistas no tema, 70% das crianças e adolescentes desaparecidos fogem de casa por problemas domésticos e 15% nunca mais reencontrarão suas famílias.

Para evitar que mais meninos e meninas passem por essa situação, o CRM-PB e o Ministério Público da Paraíba querem ampliar a campanha “Denuncie imediatamente o desaparecimento de crianças”, lançada em dezembro de 2011 pelo Conselho Federal de Medicina (CFM).

A campanha que tinha como principal público-alvo os 370 mil médicos que atuam no território brasileiro (sendo que cerca de 5 mil estão em atividade na Paraíba) será voltada também aos demais profissionais da saúde, a profissionais da educação, segurança pública, aos integrantes do Sistema de Garantia de Direitos da Criança e do Adolescente (o que inclui conselhos tutelares, Ministério Público, organizações não-governamentais e Vara da Infância, por exemplo) e à sociedade em geral.

“Lei da busca imediata”

Um dos principais objetivos da campanha é divulgar a Lei Federal 11.259/2005, conhecida como “Lei da busca imediata” e combater o mito de que é preciso aguardar 24 horas para fazer a denúncia sobre o desaparecimento de uma criança. “Essa lei prevê a busca imediata pela criança a partir da ocorrência policial. O tempo é fator crucial para encontrar uma criança desaparecida”, disse o pediatra João Medeiros.

Ele também explicou que os médicos podem colaborar com o enfrentamento do problema durante o exercício da profissão. “A orientação é de que os profissionais fiquem atentos nos hospitais, pronto-socorros e clínicas quanto à presença de sinais de agressão, às semelhanças entre os pais e as crianças e ao comportamento da criança com a família. Outra recomendação é que os médicos sempre confiram os documentos da criança e do adolescente e dos responsáveis. O mais importante é fazer a denúncia, se houver qualquer suspeita”, destacou.
 



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