Política

Câmara estuda reduzir moradia funcional

Moradia


16/12/2013



 Os apartamentos da Câmara dos Deputados podem ter suas estruturas repaginadas. Conhecidos pelo ambiente luxuoso e localizados em áreas nobres de Brasília, os imóveis podem ganhar contornos mais modestos.

A ideia é pôr fim ao déficit do programa habitacional dos deputados e a gastos com auxílio-moradia, que consomem R$ 9 milhões anuais.

A proposta em debate pela cúpula da Câmara prevê a alteração de unidades que estão esperando por reforma, transformando um apartamento em dois.

Quatro blocos de imóveis que ficam na Asa Norte teriam 96 apartamentos de cerca de 200 m² transformados em 192 unidades de 95 m².

"Hoje, eu me perco lá dentro", afirma o quarto-secretário da Casa, Antonio Carlos Biffi (PT-MS), responsável pela administração dos imóveis.

"Tem espaço que nem uso", reconhece. O congressista vai apresentar o projeto da reforma aos demais seis integrantes da Mesa Diretora.

Com 513 parlamentares, a Casa tem hoje com 432 apartamentos -após a reforma, passaria a ter 528.

Segundo a Quarta-Secretaria, 299 unidades estão ocupadas, outras 24 estarão prontas para uso em janeiro, 13 passam por pequenos reparos e 96 esperam reforma.

Atualmente, deputados têm a disposição um ambiente com quatro quartos, duas suítes, closet, banheira de hidromassagem e duas dependências de empregada.

Esses imóveis estão localizados na região central de Brasília, onde o mercado imobiliário segue aquecido devido às restrições de uma cidade planejada. Com a atual dimensão, cada apartamento é avaliado em R$ 2,5 milhões.

Para a duplicação das unidades, o custo estimado é de R$ 80 milhões. Em contrapartida, a economia anual esperada para os cofres públicos seria de R$ 3,8 milhões.

Esse montante leva em conta a economia mensal de R$ 1.600, que corresponde à diferença entre o valor do auxílio-moradia (R$ 3.800) e a despesa média com a manutenção de cada um dos apartamentos funcionais ocupados, de cerca de R$ 2.200.

Atualmente, 198 congressistas recebem o auxílio e podem alugar apartamentos ou ficar em hotéis.

Outro argumento usado por Biffi para a redução dos imóveis é que hoje são poucos os parlamentares que trazem a família para Brasília – com isso, não há a necessidade de imóveis tão amplo.



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