Artes

Brinquedos feitos por reeducandos serão expostos em shopping na Capital

Segunda chance


02/10/2013

Retalhos de tecidos, madeira, lã, criatividade e força de vontade. Componentes utilizados pelos reeducandos na confecção de diversos brinquedos artesanais que serão expostos, pela primeira vez, na VI Brincarte – Feira de Brinquedos Popular, no período de 4 a 11 de outubro, durante a Semana da Criança, no Shopping Manaíra em João Pessoa.

“Ficamos felizes com o convite para participarmos da feira, pois os trabalhos feitos pelos reeducandos nos presídios e cadeias públicas já foram expostos e comercializados em muitos eventos ganhando o reconhecimento e admiração dos visitantes. Esta é uma forma de chamar atenção da sociedade para o que existe dentro do sistema prisional. Cada artesão coloca o que tem de bom ao estar produzindo e quando se enxerga a beleza nas obras, quem leva para casa a peça acaba identificando a beleza interior desses reeducandos”, destacou a gerente de Ressocialização da Secretaria de Administração Penitenciária, Ziza Maia.

Bonecas de pano, casas e barcos feitos em palitos de picolé, miniaturas de carros, mobília de brinquedos em madeira e até máquinas de costura em miniatura serão alguns dos brinquedos expostos durante a Brincarte. Os produtos foram produzidos na Penitenciária Padrão de Santa Rita; Presídio Regional do Serrotão, em Campina Grande; Cadeia Pública de Mamanguape; Presídio Regional de Catolé do Rocha, bem como na Penitenciária de Segurança Máxima Geraldo Beltrão, em Mangabeira e Presídio Feminino Júlia Maranhão, na Capital.

Confecção de brinquedos – Os reeducandos possuem dentro das suas respectivas unidades prisionais horário e locais reservados para a prática da atividade artesanal. “Muitos não tinham profissão e acabam aprendendo o ofício dentro das penitenciárias. Por isso, tentamos subsidiar os materiais para incentivá-los a desenvolver estes trabalhos. Os que apresentam maior aptidão acabam se tornando ‘oficineiros’ e ensinam as técnicas aos demais, contribuindo para a redução da pena, pois a cada três dias trabalhados será reduzido um dia”, revelou Ziza Maia, acrescentando que além de uma fonte de renda, o artesanato acaba se tornando uma terapia para os reeducandos.

Todo o dinheiro comercializado durante a feira será revertido para o reeducando e sua família, pois todo produto exposto é catalogado e, no pós-feira a arrecadação será revertida para o detento ou entregue ao seu parente no dia de visita, mediante assinatura de ambas partes autorizando legalmente o ato.

Técnicos da Gerência de Ressocialização da Seap e agentes da Penitenciária Padrão de Santa Rita e da Penitenciária de Segurança Máxima Geraldo Beltrão, em Mangabeira, na Capital, farão a comercialização dos produtos durante a feira que é promovida pelo Governo do Estado em parceria com o Programa de Artesanato da Paraíba (PAP).



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