Internacional

Brasileira se abriga em embaixada para não perder a filha na Noruega

Embaixada na Noruega


05/12/2013



A pernambucana Vitoria Alves Jesumary, de 37 anos, está abrigada com a sua filha Sofia, de 3 anos, na embaixada brasileira em Oslo, na Noruega, desde o dia 28 de novembro. Ela teme que o governo do país tire dela a guarda da garota após ter se separado do marido por conta de desentendimentos.

De acordo com a Embaixada Brasileira na Noruega, os pais de Sofia tinham alguns problemas de relacionamento, se separaram e a guarda da criança ficou "compartilhada". O pai da garota é chileno e adquiriu nacionalidade norueguesa. Sofia nasceu em São Paulo, mas com menos de um ano já estava na Noruega e também adquiriu nacionalidade norueguesa. Vitoria, a mãe da menina, não tem nacionalidade no país estrangeiro.

A Barnevernet, órgão do governo norueguês voltado para o bem-estar infantil, em conjunto com o Ministério da Criança e da Família, começou a analisar a vida familiar de Sofia ao saber dos problemas de relacionamento dos pais da menina. Orientado pelas leis locais, o grupo avaliou que a criança estava sendo "penalizada" com a situação embaraçosa dos pais, segundo disse ao G1 a embaixada em Oslo.

Por conta disso, o governo emitiu um pedido para que Sofia fosse retirada dos pais e ficasse sob a guarda do estado para depois, dependendo da situação, ser adotada por pais noruegueses.
Apesar dos desentendimentos, o pai da criança também procurou a embaixada brasileira logo depois de saber do caso da filha. Segundo a embaixada, o chileno, mesmo com os problemas pessoais com a mãe, está levando comida e brinquedos para filha.

A embaixada brasileira ressaltou que a vontade da mãe é voltar para o Brasil com a filha e que está prestando todo o suporte necessário para as duas, principalmente no diálogo com o governo norueguês. O pai da criança está ao lado de Vitoria, já que acredita que o melhor jeito de resolver a situação é com o retorno de mãe e filha para o Brasil.

A assessoria de imprensa do Itamaraty afirmou que está sabendo da situação, mas, como é um caso particular familiar, não vai se envolver no assunto. Entretanto, ressaltou que a embaixada brasileira local, como dever, está prestando ajuda tanto à mãe quanto a filha, já que as duas são brasileiras.

Em entrevista ao G1, Ana Lucia Lima, amiga da família que acompanha a situação em Oslo, disse que a mãe de Sofia está desesperada e que espera que a justiça seja feita. Ela ressaltou que decisão do tipo "é comum no país", que já viu vários casos assim e que dará todo apoio necessário para que mãe e filha fiquem juntas e retornem ao Brasil. Além disso, destacou que, se nada for decidido até sexta-feira (6), fará uma passeata com apoio de brasileiros na cidade para chamar a atenção do caso que, para ela, é "um absurdo".


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