A Justiça Federal tornou réus Antônio Inácio da Silva Neto, Fabrícia Farias e mais 11 pessoas em uma ação penal que investiga a ocorrência de fraudes por meio de um esquema de pirâmide financeira na Braiscompany. A denúncia foi apresentada pelo Ministério Público Federal (MPF) e a decisão de recebimento foi emitida pelo juiz Vinícius Costa Vidor, da 4ª Vara da Justiça Federal.

O magistrado observa que considerando que os réus Antônio Inácio da Silva Neto e Fabrícia Farias Campos atualmente têm paradeiro desconhecido e evadiram-se do cumprimento do mandado de prisão emitido contra eles, e considerando também que há informações de que estão no exterior, ordena-se imediatamente a emissão de edital para sua citação.

“De modo a assegurar a celeridade da tramitação da presente ação penal, especialmente considerando a grande quantidade de réus, alguns deles presos cautelarmente, designo, de forma antecipada, as datas de 13 a 24 de novembro de 2023, sempre das 09 às 16 horas, para a realização da audiência de instrução, devendo desde logo ser intimada a testemunha arrolada pelo MPF e cientificados os réus da(s) data(s) agendada(s) para o ato quando de sua citação para apresentar resposta escrita”, aponta o juiz.

A investigação revelou uma movimentação financeira de aproximadamente R$ 2 bilhões nos últimos quatro anos, realizada pela Braiscompany. Dois mandados de prisão foram expedidos contra os sócios, Antônio Neto e Fabrícia Farias Campos, mas ambos ainda se encontram foragidos.

A Justiça Federal ordenou o bloqueio de R$ 136 milhões pertencentes a pessoas associadas à empresa, como parte de uma nova fase da operação intitulada “Trade-off”. Essa fase tem como foco investigar a possível prática de lavagem de dinheiro vinculada ao esquema de criptoativos.

Como parte das medidas tomadas pela Polícia Federal, também foi determinado o bloqueio de bens e uma suspensão parcial das atividades da Braiscompany.