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Bolsonaro faz discurso anticomunista, defende tratamento sem eficácia contra Covid-19, se diz contra o passaporte sanitário e ataca a imprensa

Primeiro chefe de estado a discursar, Jair Bolsonaro começa sua fala atacando a mídia e dizendo que o País estava “à beira do socialismo”.


21/09/2021

Foto: REUTERS/Eduardo Munoz/Direitos reservados

Por Redação / Portal WSCOM



O presidente Jair Bolsonaro fez o discurso de abertura da sessão de debates da 76ª Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York, nos Estados Unidos, na manhã desta terça-feira (21). Na ocasião, o gestor brasileiro abriu sua fala atacando a imprensa e o socialismo e afirmando que o Brasil estaria há “dois anos e meio sem corrupção”.

“Venho aqui mostrar o Brasil diferente daquilo publicado em jornais ou visto em televisões. O Brasil mudou, e muito, depois que assumimos o governo em janeiro de 2019. Estamos há 2 anos e 8 meses sem qualquer caso concreto de corrupção. O Brasil tem um presidente que acredita em Deus, respeita a Constituição e seus militares, valoriza a família e deve lealdade a seu povo. Isso é muito, é uma sólida base, se levarmos em conta que estávamos à beira do socialismo”, pontuou.

“Nosso Banco de Desenvolvimento era usado para financiar obras em países comunistas, sem garantias. Quem honra esses compromissos é o próprio povo brasileiro. Tudo isso mudou. Apresento agora um novo Brasil com sua credibilidade já recuperada”, continuou.

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TRATAMENTO PRECOCE DA COVID-19

Bolsonaro ainda defendeu o uso do chamado tratamento precoce contra a Covid-19, cuja ineficácia já foi cientificamente comprovada. “Eu mesmo fui um desses que fez tratamento inicial. Respeitamos a relação médico-paciente na decisão da medicação a ser utilizada e no seu uso off-label. Não entendemos porque muitos países, juntamente com grande parte da mídia, se colocaram contra o tratamento inicial. A história e a ciência saberão responsabilizar a todos”, disse o presidente.

O presidente ainda defendeu a vacinação contra a Covid-19, porém, condenou as propostas do chamado “passaporte sanitário”, que visa a comprovação da imunização e adoção de medidas sanitárias para o acesso a locais públicos e serviços.

“Apoiamos a vacinação, contudo o nosso governo tem se posicionado contrário ao passaporte sanitário ou a qualquer obrigação relacionada a vacina”, frisou.

POLÍTICA AMBIENTAL

Com sérias crises envolvendo o território amazônico, marcado pelo desmatamento e por infringir as leis ambientais, Bolsonaro também defendeu a política ambiental adotada por seu governo sua gestão ambiental e afirmou que o código florestal brasileiro “deve servir de exemplo para outros países”.

“Nenhum país do mundo possui uma legislação ambiental tão completa. (…) Nosso Código Florestal deve servir de exemplo para outros países. O Brasil é um país com dimensões continentais, com grandes desafios ambientais. São 8,5 milhões de quilômetros quadrados, dos quais 66% são vegetação nativa, a mesma desde o seu descobrimento, em 1500. Somente no bioma amazônico, 84% da floresta está intacta, abrigando a maior biodiversidade do planeta. Lembro que a região amazônica equivale à área de toda a Europa Ocidental”, frisou.

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INVESTIMENTOS

“Até aqui, foram contratados US$ 100 bilhões de novos investimentos e arrecadados US$ 23 bilhões em outorgas. Na área de infraestrutura, leiloamos, para a iniciativa privada, 34 aeroportos e 29 terminais portuários. Já são mais de US$ 6 bilhões em contratos privados para novas ferrovias. Introduzimos o sistema de autorizações ferroviárias, o que aproxima nosso modelo ao americano. Em poucos dias, recebemos 14 requerimentos de autorizações para novas ferrovias com quase US$ 15 bilhões de investimentos privados”.

MANIFESTAÇÕES DE 7 DE SETEMBRO

“No último 7 de setembro, data de nossa Independência, milhões de brasileiros, de forma pacífica e patriótica, foram às ruas, na maior manifestação de nossa história, mostrar que não abrem mão da democracia, das liberdades individuais e de apoio ao nosso governo.”



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