Política

Bolsonaro defende privatizações e diz que responsabilidade fiscal e teto de gastos são o ‘norte’ do governo

Setores políticos têm feito pressão para que regra do teto seja alterada. Presidente também publicou foto com ministros Paulo Guedes (Economia) e Tarcísio Freitas (Infraestrutura).


12/08/2020

O presidente da República, Jair Bolsonaro

G1



O presidente Jair Bolsonaro publicou uma mensagem nesta quarta-feira (12), em uma rede social, na qual defendeu as privatizações e afirmou que a responsabilidade fiscal e o teto de gastos são o “norte” do governo.

Na mensagem, também foi publicada uma foto de Bolsonaro com os ministros Paulo Guedes (Economia) e Tarcísio Gomes de Freitas (Infraestrutura).

A emenda constitucional do teto de gastos foi promulgada em 2016, vale por 20 anos e prevê que os gastos da União (Executivo, Legislativo e Judiciário) não podem crescer acima da inflação do ano anterior.

Segundo informações de bastidores, setores políticos do governo e do Congresso Nacional têm defendido modificar a regra. Ainda segundo o Blog do Valdo Cruz, assessores de Bolsonaro avaliam que Guedes pode deixar o cargo se o governo decidir furar o teto de gastos.

“O Estado está inchado e deve se desfazer de suas empresas deficitárias, bem como daquelas que podem ser melhor administradas pela iniciativa privada”, publicou Bolsonaro.

“No mais, num orçamento cada vez mais curto é normal os ministros buscarem recursos para obras essenciais. Contudo, nosso norte continua sendo a responsabilidade fiscal e o teto de gastos”, acrescentou o presidente, em outro trecho da mensagem.

Mais cedo, nesta quarta-feira, o vice-presidente Hamilton Mourão afirmou que a situação fiscal do Brasil é “péssima” e que o teto de gastos é a “âncora fiscal” do país.

Saída de funcionários

Sem mencionar um caso específico, Bolsonaro também afirmou nesta quarta-feira que é “normal” alguém querer sair do governo para algo “que melhor atenda suas justas ambições pessoais”.

Nesta terça (11), o ministro Paulo Guedes disse que houve uma “debandada” no Ministério da Economia com a saída de mais dois secretários (sete integrantes da equipe econômica já deixaram os cargos).

“Em todo o governo, pelo elevado nível de competência de seus quadros, é normal a saída de alguns para algo que melhor atenda suas justas ambições pessoais. Todos os que nos deixam, voluntariamente, vão para uma outra atividade muito melhor”, publicou Bolsonaro nesta quarta.



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