Política

Blog do WS avalia como mudança no comando do Governo Federal afetou a Paraíba

CONJUNTURA DE 2016


24/12/2016

O jornalista e analista político Walter Santos comenta, em seu novo post no Blog, a conjuntura política paraibana a partir na troca de governo no país. Segundo ele, a liderança no estado após a posse de Michel Temer passou para as autoridades do PMDB e PSDB.

Confira a análise na íntegra:

 O Governo Temer e os efeitos na Paraíba

O fato é que 2016 chega ao fim computando a mais forte mudança de Governo Federal com o afastamento em definitivo da presidenta Dilma Rousseff – via Impeachment – produzindo na sequência o deslocamento do Poder Federal na Paraíba para as mãos do PMDB e PSDB – leia-se José Maranhão e Cássio Cunha Lima coadjuvados pelo prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo, este por estar no PSD e ter saído do PT.

Na prática, significa dizer que o ano trouxe em suas consequências a migração do Poder saindo da orientação do governador Ricardo Coutinho, do deputado federal Luiz Couto e do PT – Todos eleitores de Dilma – transferindo-a a quem não votou nela e nem ganhou a eleição de 2014.

EFEITOS DA MUDANÇA

A rigor, até dados de hoje, não houve ainda forte influência dessa migração porque a realidade econômica e financeira do Governo Federal é muito ruim, de fortes retrações.

Mas, Governo pode muito. Exemplo: o PMDB de Maranhão passou a controlar todas as ações ligadas aos efeitos da estiagem. Antes, era atribuição dos Governos estaduais e municipais.

Trata-se de manobra para influir sobretudo nos pequenos municípios dependentes de Governos.

OUTRO EXEMPLO

Chegando ao Poder pela via indireta, o PSDB de imediato fechou as torneiras para o Governo Ricardo criando polêmica e restrições não repasse de recursos do Viaduto do Geisel.

No exercício real do Poder foi o senador Cassio o causador de todo o contexto, embora sem grande utilidade de aproveitamento público.

PARA 2017

O próprio Cassio já admite a possibilidade de Michel Temer cair, daí sua declaração sugerindo o nome da Ministra Carmem Lucia num hipotético Governo Federal.

Seria o caminho das eleições indiretas porque depois da queda de mandato posterior aos dois anos de exercício, prevê-se processo indireto, embora não seja matéria consensual, ou seja, haverá muito embate.

2017 chega com a projeção de efeitos sobre a conjuntura nacional respingando nos Estados. Na Paraíba, haverá a manutenção do enfrentamento de Ricardo versus Cassio e Maranhão.

Luciano Cartaxo está no jogo mas hoje Cassio é o mais atirado na perspectiva de 2018. 


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