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Blocos ‘Muriçoquinhas’ e da Melhor Idade se encontram em João Pessoa

Hoje às 17h


24/02/2014



O que as amigas Anny Beatriz e Evellyn Caroline, ambas de 4 anos, têm em comum com Marluce da Nóbrega, de 63 anos? Além das perucas coloridas, todas elas são foliãs nesta segunda-feira (13), dia em que os blocos da menor idade e da melhor idade se encontram em João Pessoa. A turma das “Muriçoquinhas do Miramar”, filhote das Muriçocas – bloco pré-carnavalesco onde os pais desfilam nesta quarta-feira (15) – começou a concentrar sua versão mirim às 17h desta segunda, na Praça das Muriçocas, no bairro do Miramar. Já o “Bloco da Melhor Idade” aguardava a nova geração de foliões no Busto de Tamandaré, na Praia de Tambaú.

A mãe de uma das garotas, Marieta da Nóbrega, contou que a avó costurava roupas para uma personagem local, “Biuzinha Priki”, estrela cômica da peça de teatro “O Pastoril Profano” e de vários comerciais de televisão. Não teve como Anny Beatriz fugir da peruca verde, da bota cano alto, da meia arrastão e dos trejeitos irreverentes da personagem em mais uma participação nas Muriçoquinhas.

“Ela e a amiguinha combinaram de vir de Biuzinha e estão chamando a atenção. Deu um trabalho danado organizar toda a fantasia, mas como a avó de Anny é costureira acabamos encontrando tudo”, comemora a mãe coruja. A recepcionista acompanha a filha todos os anos no bloco, que nesta edição traz o tema “Muriçoquinhas 2012 contra o trabalho infantil” e tem como madrinha a promotora da Infância e Juventude Soraya Escorel. A festa foi animada por três trios elétricos, um deles comandado pela cantora Diana Miranda, vestida de boneca Barbie da cabeça aos pés.

Como os foliões mirins dormem cedo, os trios começaram a descer a avenida Epitácio Pessoa por volta das 17h30. No final da avenida, no Busto de Tamandaré, os mais experientes aproveitavam o Bloco da Melhor Idade em uma grande festa, em homenagem aos 25 anos da Associação Folia de Rua. Dona Marluce da Nóbrega, que já soma seis décadas de carnaval, também não ficou de fora da folia. Ao som de uma orquestra de frevo, entre um passinho e outro, declarou que ainda participará de muitos carnavais pela frente.

“Todos os anos eu venho, esse bloco é uma das minhas paixões”, revelou a foliã. “Quem faz parte da melhor idade tem que se sentir maravilhoso, porque vive. É o momento de esquecer as angústias, de dar alegria aos outros e de adoçar a vida”, justifica, mostrando que não existe idade para comemorar o carnaval.



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