– A gente fica muito feliz, faz parte do nosso projeto fortalecer cada dia mais a nossa base e essa transição para o profissional. O Arthur é uma grande promessa nossa, um atleta que a gente já aposta e acredita há muito tempo. Esse primeiro contrato dele como profissional nos deixa muito feliz porque mostra que a família dele acredita no projeto Fluminense, que os representantes e empresários também acreditaram no projeto do clube, e ele também.

Mas como assinaram por cinco anos? O ge apurou que o Fluminense vem mantendo diálogos com a CBF e soube que a entidade tem registrado contratos de cinco anos com atletas de 16 anos, com base no que permite a Lei Pelé. No mês passado, o presidente tricolor, Mário Bittencourt, teve uma reunião com o presidente da confederação, Rogério Caboclo, e apresentou uma sugestão para ser levada à Fifa para tentar alterar a legislação para jovens jogadores e dar mais proteção aos clubes formadores.

O “Regulamento sobre condição e transferência de jogadores” da Fifa estabelece que:

Enquanto a Lei Pelé tem a seguinte redação:

Neste caso, como a Fifa não considera contratos maiores do que três anos para menores de 18, o Fluminense poderia correr riscos se alguma tentativa de rescisão chegasse à entidade. O clube, porém, não crê que terá problemas no caso de Arthur em razão do bom relacionamento com jogador, família e estafe.

Na última quinta-feira, contra o Resende no Maracanã, Arthur se tornou o jogador mais jovem a vestir a camisa tricolor na era profissional, desde 1933. Com 16 anos e 8 dias de idade, o meia superou a marca de Miguel, que estreou em 2019 com 16 anos e 71 dias. Antes dele, o recorde anterior era de 1965 e pertencia ao atacante Walmir, com 16 anos e 199 dias, e perdurou por 54 anos.

Em 2020, a diretoria já havia assinado um pré-contrato com o garoto, garantindo seu primeiro vínculo profissional em 2021. A direção tricolor criou um projeto para o meia, que sempre frequentou uma categoria acima da sua na base e nos últimos dias já começou a treinar no CT Carlos Castilho junto dos profissionais e do elenco sub-23.

A projeção para a carreira de Arthur é tão grande, que aos 13 anos ele assinou contrato de patrocínio com a Nike, gigante do ramo de fornecedor de material esportivo. Por trás da promessa, família e estafe também investem na educação e tomam todos os cuidados para evitar deslumbramentos do garoto, que passou a ser o jogador mais novo a treinar no profissional do Fluminense, quiçá do Brasil.