Paraíba

Após denúncia de estupro, reitora da UFPB revela ação para instalação de mais de 1000 câmeras, mas ainda sem prazo definido

UFPB está retomando a discussão de uma política de segurança, que havia sido paralisada na gestão anterior, disse ainda.


27/02/2025

Foto: Angélica Gouveia

Da Redação / Portal WSCOM

A reitora da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Terezinha Domiciano, concedeu uma entrevista à CBN sobre o caso de denúncia de estupro envolvendo um estudante da instituição. Em suas declarações, ela confirmou a existência de uma vítima, mas evitou especificar detalhes como gênero, idade ou local exato do ocorrido. A reitora também detalhou as ações imediatas tomadas pela universidade e as medidas de segurança que estão sendo implementadas.

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Terezinha Domiciano explicou que a UFPB tomou conhecimento do caso por meio de uma mensagem nas redes sociais na terça-feira (25), por volta das 16h30. Imediatamente, a instituição acionou sua equipe de vigilância e o Comitê de Mulheres, criado em 2018 para tratar de casos de violência de gênero. Além disso, a universidade entrou em contato com a rede de apoio à mulher no estado, incluindo a delegacia especializada.

A confirmação do caso veio na manhã seguinte, quando a UFPB obteve informações de um delegado de polícia sobre o registro de um boletim de ocorrência (BO) feito pela vítima: “Nós já disponibilizamos toda a nossa infraestrutura e aparato de pessoas para que pudessem fazer as melhores investigações”.

Medidas de segurança

Sobre as críticas relacionadas à segurança no campus I, em João Pessoa, ela falou sobre a ‘complexidade’ do tema. Ela explicou que a UFPB está retomando a discussão de uma política de segurança, que havia sido paralisada na gestão anterior. A reitora destacou que a universidade é um espaço aberto, com áreas de mata e grande fluxo de pessoas, o que aumenta a vulnerabilidade.

Entre as medidas já em andamento, a reitora citou a instalação de mais de 1.100 câmeras de videomonitoramento em todos os campi da UFPB. As câmeras, com capacidade de armazenar imagens por mais de 30 dias, serão instaladas por uma empresa do Rio Grande do Norte. A ordem de serviço está prevista para março, com prioridade para áreas como a Reitoria, o Centro de Ciências da Saúde (CCS) e o Centro de Ciências Jurídicas (CCJ).

“Não é algo que se resolve de um dia para o outro. Estamos trabalhando na infraestrutura necessária para a instalação das câmeras, que vão proporcionar monitoramento 24 horas”, explicou Terezinha.

A reitora também falou sobre os canais de denúncia disponíveis na UFPB. Ela destacou a Ouvidoria, que permite denúncias anônimas, e o Comitê de Mulheres (COMU), especializado em casos de violência de gênero. Além disso, a Pró-Reitoria de Assistência Estudantil (PRAP) oferece suporte com assistentes sociais e psicólogos.



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