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ANS deve aprovar hoje cobertura do teste rápido de Covid por planos de saúde


19/01/2022

Negative test result by using rapid test device for COVID-19, novel coronavirus 2019 found in Wuhan, China

Por Diego Junqueira, da Repórter Brasil

Após 7 meses de discussões e resistência por parte das empresas, inclusão dos testes de antígeno foi aprovada ontem por comissão e deve ser aceita pela agência; assintomáticos não deverão ter direito à cobertura, apenas pacientes entre o 1º e o 7º dia de sintomas

Os testes rápidos de antígeno indicam em 15 minutos se o paciente está ou não com Covid e são importantes para orientar medidas de prevenção ao coronavírus, como o isolamento (Foto: Breno Esaki/Agência Saúde DF).

A ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) deve aprovar nesta quarta-feira (19) a inclusão de testes rápidos de antígenos para Covid no rol de procedimentos obrigatórios dos planos de saúde. A obrigatoriedade de que as operadoras cubram esse tipo de exame vem sendo discutida desde junho, com resistência por parte das operadoras e críticas à agência pela demora em incorporar a tecnologia.

Atualmente, os planos de saúde são obrigados a cobrir apenas o teste do tipo RT-PCR, cujo resultado demora em média 48 horas para sair, e o de anticorpos, que revela se a pessoa esteve doente no passado – e só foi incluído no rol após decisão judicial. Já os exames de antígeno dão resultados em 15 minutos e, por isso, são considerados fundamentais para conter a disseminação do coronavírus.

Explosão de casos de Covid pela variante ômicron desde meados de dezembro vem causando filas de pacientes atrás de testes de Covid (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)

O presidente da Abramge (Associação Brasileira de Planos de Saúde), Renato Casarotti, diz que os planos não são contra a incorporação, mas que é preciso criar regras para não serem feitos exames desnecessários. Ele diz ainda que a demora na decisão da Cosaúde não prejudicou os clientes nem gerou restrição de acesso. “Ninguém deixou de ser testado”, diz.

A reunião desta terça foi a primeira da Cosaúde, formada por quadros técnicos da agência, associações empresariais e membros da sociedade civil, que assessora e faz recomendações à ANS. 

A comissão foi criada em novembro em meio a novas medidas para acelerar os trabalhos de inclusão de novos procedimentos. A lista de cobertura obrigatória era atualizada apenas a cada dois anos desde 1998. Com a pandemia e a pressão pela incorporação de novos tratamentos e
Com a alta demanda por testes, serviços públicos, além de farmácias, laboratórios e hospitais registram baixo estoque e estão racionando o produto (Foto: Breno Esaki/Agência Saúde DF)

A proposta da Unimed não deve ser aceita pela ANS, conforme indicou a gerente-geral Ana Cristina Martins. “Não acho razoável esse critério de ser apenas em caso de indisponibilidade do PCR, porque pode ser que em uma cidade tenha um exame e em outra tenha o outro”.

Os médicos é quem devem decidir em cada caso “se querem o padrão ouro ou o exame com resultado mais rápido”, opinou Rubini no encontro.



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