Saúde

Alimentação gordurosa põe o fígado em risco

Alimentação


22/04/2013

 Chega a segunda-feira e muita gente começa a se preocupar em se recuperar dos excessos na alimentação do fim de semana.

Porém, esse exagero pode trazer conseqüências sérias para diversas partes do corpo, como o coração e o fígado. No coração, pode ocorrer um entupimento das artérias, o que pode levar a um infarto; já no fígado, a gordura pode se acumular e provocar a esteatose hepática, como explicou o cirurgião do aparelho digestivo Fábio Atui no Bem Estar desta segunda-feira (22).

Porém, como alertou o hepatologista Mario Kondo, o maior problema de quem tem doença no fígado é o volume de comida em geral – não só de gordura. Por isso, é importante se preocupar com a quantidade das refeições além de, claro, a qualidade.

A dica é evitar, além das gorduras, também os carboidratos, como farinha branca e batata, e preferir sempre porções menores. De acordo com o cirurgião Fábio Atui, um estilo de vida com alimentação saudável e a prática regular de exercícios físicos é um fator positivo de prevenção contra problemas hepáticos.

Em situações mais graves, o excesso de gordura no fígado pode levar à cirrose, câncer no fígado ou também a esteato-hepatite, doença tão séria como a hepatite C. Porém, entre o diagnóstico da esteatose e da esteato-hepatite, há um intervalo de 10 a 20 anos.

De acordo com o hepatologista Mario Kondo, as duas doenças não costumam dar sintomas e, por isso, as pessoas acabam tendo o diagnóstico tardio, o que pode aumentar a necessidade até mesmo de um transplante de fígado.

Por isso, é importante que o paciente faça exames anualmente – quanto antes for diagnosticada a esteatose hepática, melhor e maior a chance de prevenir que ela se desenvolva para a esteato-hepatite. Entre os grupos de maior risco, estão os alcoólatras, obesos, usuários crônicos de corticóide e também os diabéticos.

Se diagnosticada, a esteatose pode ser tratada à base de medicamentos, mas em geral, a dieta saudável e a prática de atividade física já são suficientes para reverter o quadro, como explicou o hepatologista Marcio Dias na reportagem da Marina Araújo. Essa mudança de hábitos foi, inclusive, a recomendação dada para a berçarista Adriana Roque, que descobriu a esteatose hepática através de exames de rotina.

Adriana engordou 10 quilos nos últimos 3 anos por causa dos maus hábitos alimentares e o resultado não demorou a aparecer – uma esteatose de grau leve, com 30% de gordura no fígado (veja no vídeo ao lado). Os médicos alertam, portanto, que o excesso de peso é o fator de risco principal para a doença e o paciente precisa ter consciência de que a alimentação saudável e os exercícios físicos são essenciais não só para resolver o problema, mas também para preveni-lo.


Colecistite

A repórter Michelle Barros foi conhecer a história da Camila que, há 2 anos e meio, começou a sentir os sintomas da colecistite, uma inflamação da vesícula biliar. O principal incômodo era uma dor muito forte na barriga. Segundo o cirurgião Fábio Atui, esse sintoma é bastante característico da doença que, na maioria dos casos, começa com uma pedra na vesícula que acaba inflamando.

Além da dor, a pessoa pode ter enjoo, sensibilidade a comidas gorduras e perda de apetite. Porém, como lembrou o hepatologista Mario Kondo, muitas pessoas podem ter a pedra, mas não ter dor na vesícula – por isso, é importante fazer o exame de ultrassom regularmente para detectar o quanto antes a colecistite.

Em relação à cirurgia para retirar a vesícula, os médicos disseram que depende do caso – a dica é sempre procurar orientação médica para avaliar melhor. De acordo com o hepatologista Mario Kondo, o organismo se adapta e geralmente a vesícula não faz falta – o que pode acontecer, em alguns casos raros, é o paciente ter diarréias freqüentes, mas isso pode ser controlado com remédios.



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