Política

Alckmin propôs a Haddad que resistissem à pressão e mantivessem preço das tarifa


21/06/2013

Minutos antes do anúncio de que reduziriam as tarifas de ônibus e metrô, o governador Geraldo Alckmin disse ao prefeito Fernando Haddad que, caso o petista quisesse, ele estaria disposto a resistir à pressão e a manter o preço de R$ 3,20. "A gente aguenta firme, juntos", disse Alckmin. Estavam na sala o secretário municipal de Governo, Antonio Donato, e o estadual da Casa Civil, Edson Aparecido.

PRESSÃO
Alckmin ponderou que Haddad ainda tem "no mínimo" quatro anos na prefeitura e que poderia futuramente superar o desgaste, tendo dinheiro em caixa para investir. Haddad informou que já tinha jogado a toalha. E que não tinha suportado "a pressão do PT".

SOBROU
No meio da conversa, o prefeito atendeu a um telefonema e foi informado de que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, atacava a possibilidade de reduzir impostos dos transportes. "Mas então os municípios e os Estados vão arcar com essa conta sozinhos?", teria perguntado.

MEU DEUS!
Quando foi então tomada a decisão de fazer o anúncio, Alckmin chamou alguns secretários de sua equipe. "Mas não dá, a conta é muito grande", reagiu o secretário estadual da Fazenda, Andrea Calabi. "Não é hora de fazer contas, pelo amor de Deus! Temos um problema político para resolver", ponderou Edson Aparecido.

DRAMÁTICA
Depois da decisão, Alckmin pediu que servissem lanche aos presentes. Todos viram juntos um pouco do jogo do Brasil contra o México. Segundo relato de um dos presentes, o prefeito estava cabisbaixo e com "o olhar distante". Em um comentário, disse que a decisão de baixar a tarifa era "dramática" para as contas da cidade.

MUDA SP
E a onda de protestos segue atrapalhando a agenda de eventos em São Paulo. Passou de quinta-feira para sexta (21) a abertura da balada Le Rêve Club, no Baixo Augusta. Também foi adiado, ainda sem nova data, o lançamento do carro Mini Paceman, que ocorreria na Vila Leopoldina.

 



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