Policial

Acusado de matar Patrícia Roberta passa por audiência de instrução que decide se réu vai a júri popular

Jonathan Henrique é acusado de assassinar Patrícia Roberta através de asfixia por esganadura e ocultar o corpo da jovem, em abril deste ano


24/09/2021

Portal WSCOM



Acontece desde a manhã desta sexta-feira (24), no 2º Tribunal do Júri, no Fórum Criminal de João Pessoa, a audiência de instrução do caso de Patrícia Roberta, que irá decidir se o acusado da morte da jovem, Jonathan Henrique Conceição dos Santos, vai a júri popular. Estão sendo ouvidas as testemunhas de acusação e defesa do caso.

O acusado Jonathan Henrique virou réu após a juíza Francilucy Rejane de Sousa Mota, da 2ª Vara do Tribunal do Júri da Capital, entender que há “exposição dos fatos criminosos, com todas as suas circunstâncias, a qualificação do acusado, a classificação do crime e rol de testemunhas”, para considerar a “autoria e prova da existência de crime”.

Os pais da jovem Patrícia, que vieram de Caruaru, em Pernambuco, para participar da audiência, agradeceram a repercussão da imprensa e da sociedade paraibana e declararam que acreditam no trabalho da Polícia e na Justiça da Paraíba.

“A justiça esta sendo feita, a de Deus, primeiramente, e a dos homens aqui. Está sendo feita porque ele está preso. Você está preso Nathan e vai contninuar porque a sociedade daqui da Paraíba, e pelo que eu estou vendo, a Justiça vai ser feita, através da juíza e dos promotores. Você vai ser condenado, você vai pagar pelos seus crimes”, declarou, emocionado, o pai de Patrícia Roberta.

 

Relembre o caso

A jovem Patrícia Roberta, de 22 anos, morreu há cinco meses, na Paraíba, quando saiu de Caruaru para visitar Jonathan Henrique, em João Pessoa, no dia 23 de abril. No domingo (25), não manteve contato com a família e foi considerada desaparecida.

Na terça-feira (27), a Polícia Civil e Polícia Militar iniciaram buscas na região de Gramame, onde fica o apartamento de Jonathan. O corpo dela foi encontrado em uma região de mata no Novo Geisel. Jonathan e Patrícia seriam amigos há dez anos. De acordo com o resultado do laudo da causa da morte, ela foi assassinada por asfixia por esganadura.

A Polícia Civil indiciou Jonathan pelo feminicídio e pela ocultação de cadáver da jovem Patrícia Roberta. A namorada dele, Ivyna Oliveira, também chegou a ser indiciada por ocultação de cadáver.

Durante o depoimento, o então suspeito, Jonathan Henrique se manteve em silêncio. Ele preferiu não se pronunciar e só deve falar em juízo. A audiência de custódia, que foi realizada no dia 28 de abril, determinou que Jonathan fosse conduzido ao presídio do Roger, em João Pessoa, após quarentena na Central de Polícia.

A defesa do acusado solicitou a aplicação de medidas cautelares, que foi negada no dia 1º deste mês pela juíza Francilucy Rejane de Sousa Mota, da 2ª Vara do Tribunal do Júri da Capital, que manteve a prisão preventiva de Jonathan Henrique Conceição dos Santos.

Sobre a decisão, magistrada disse na época que não se mostrava viável a “aplicação de medidas cautelares diversas da prisão, pois a segregação encontra-se fundada na gravidade efetiva do delito e na periculosidade social do agente, indicando que as providências menos gravosas seriam insuficientes para acautelar a ordem pública”.



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