A troca de gestão no Flamengo emperrou a negociação com Ronaldinho Gaúcho, que cobra do clube aproximadamente R$ 55 milhões. Com a saída de Patricia Amorim e seus aliados, o acordo que vinha sendo ensaiado voltou à estaca zero. Mas, no dia 25 de fevereiro, às 13h30, o jogador e o clube sentarão na frente do Juiz para a audiência decisiva.

O advogado de Ronaldinho Gaúcho, Sérgio Queiroz, lembra que chegou a ter dois encontros com Marcos Motta, que defende o Flamengo. As condições do acordo foram levadas à antiga diretoria do clube, mas, com a mudança de gestão, o Rubro-Negro não mais se manifestou.

– Eu e Marcos Motta nos encontramos nos Estados Unidos. Depois, sentamos no Rio e conversamos, na intenção de buscar um acordo. Perto da eleição, os valores foram passados para a direção do Flamengo, mas não recebemos nenhuma resposta positiva ou negativa. Não sei se mudou a filosofia que a diretoria antiga tinha, de buscar um acordo. Vai ver ainda não houve tempo de a nova diretoria analisar esse assunto – destacou o advogado de Ronaldinho.

Na primeira audiência no Tribunal Regional do Trabalho do Rio de Janeiro (TRT-RJ), em novembro, ficou sinalizado que as duas partes tentariam um acordo em 15 dias. Mais de dois meses depois, o assunto caiu no esquecimento. Ronaldinho Gaúcho cobra, na ação, R$ 40.177.140,00, e mais R$ 15 milhões por danos morais.

O Flamengo, que reconhece dever ao jogador aproximadamente R$ 5,3 milhões referentes a cinco meses de direitos de imagem não pagos, alega que Ronaldinho denegriu a imagem do clube.

– O próprio judiciário entendeu que o Ronaldo tem razão. Tanto que ele ficou livre para jogar onde quisesse – disse o advogado Sérgio Queiroz. – Se o Flamengo não pagar por bem, penhora-se patrimônio, bens etc – acrescentou.