Cultura

Obra de João Lobo sobre Itacoatiaras ganha fama e reconhecimento internacional


31/12/2022

Portal WSCOM com União



O artista paraibano João lobo é destaque com sua obra ‘ÍNDICE itacoatiara do ingá’ no suplemento cultural Correio das Artes, do Jornal A União.

A obra ficou exposta de 2 de setembro a 2 de outubro no Museu Nacional de História Natural da Ciência (Muhnac), em Lisboa.

 João Lobo revelou à jornalista Alexsandra Torres que  um dos desafios desta iniciativa foi não querer apresentar as belezas das figuras rupestres tal qual elas se apresentam – com suas cores e texturas originais.

Ele queria ir além, e criar uma arte sobre a arte por meio dos recursos fotográficos que domina, fazendo uma releitura dos painéis gravados pelos povos que viveram há milhares de
anos em Ingá.

Para isso, o artista visual lançou mão de filmes analógicos com datas de validades alteradas para subverter a técnica e reproduzir impressões visuais ampliadas das gravuras. Também usou tecnologia digital para produzir imagens com longas exposições.

“As inscrições da Pedra do Ingá, em sua composição, já são uma obra de arte. Arte pré-histórica, mas realizada com a destreza de um grande artista ou artistas.
Não fazia sentido, se eu pretendia desenvolver uma expressão artística, reproduzir mimeticamente aquele painel. Dessa forma, procurei distanciar-me dos parâmetros da fotografia documental com intervenções técnicas – desde a utilização de películas fora de
validades até intervenções dentro do laboratório com a utilização de equipamentos e matérias incomuns ao processo fotográfico que registra”, afirmou.

O trabalho também será registrado em livro, um ensaio crítico dissertado com participação de várias pessoas, como escritores, pesquisadores e artistas visuais. A publicação segue o mesmo roteiro da exposição, obedecendo os capítulos Yesterday, Today e Tomorrow.

A publicação ainda traz avaliações de artistas sobre a obra de João Lobo como W.J.Solha,  Teresa Palma Rodrigues, o diretor Silvio Oliva e o fotógrafo Thales Trigo.

“Como se lê no Ulisses, de Joyce, ‘Falar do mistério no seio do próprio mistério: isto é arte!’.
João Lobo, ao construir sua mostra com a mística dos números três, 10 e 30, nos leva, num crescendo, de Yesterday para Today, e de Today para o clímax notável, que é Tomorrow, onde o gênio da Pedra do Ingá eclode num novo gênio da fotografia”, declarou Solha.

 


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