O título coroou a grande campanha do São Paulo. Foram quatro vitórias em quatro jogos, com seis gols marcados e dois sofridos. Antes de bater o Santos, o Tricolor havia feito 1 a 0 em Ferroviária, América de Cali e Inter na primeira fase.

Jogadoras do São Paulo comemoram gol contra o Santos (Foto: Guilherme Drovas/AGIF)

O São Paulo dominou o Santos no primeiro tempo e mereceu ir para o vestiário com a vitória parcial de 2 a 0. Desde o começo do jogo, foram do time tricolor as jogadas mais conscientes, com triangulações e passes em profundidade. O gol poderia ter acontecido cedo, já no primeiro minuto, com Jaqueline tentando o drible na goleira Camila. Era um sinal da superioridade são-paulina – diante de um Santos falho na criação das jogadas. Mas o gol só foi sair aos 30 minutos. Giovana foi à linha de fundo e cruzou para finalização de Duda: 1 a 0. Oito minutos depois, em linda jogada coletiva, a bola passeou pelo campo até chegar a Naná dentro da área. O primeiro chute foi no travessão, mas no rebote a jogadora tricolor ampliou: 2 a 0. O Santos até conseguiu diminuir com Brena, mas o lance foi anulado por impedimento.

Cristiane tenta a jogada pelo Santos contra o São Paulo (Foto: Guilherme Drovas/AGIF)

O Santos voltou do intervalo disposto a mostrar que estava vivo na partida. E diminuiu o placar logo aos dois minutos. Cristiane recebeu de Ketlen e tocou para Brena, que mandou no canto, fora do alcance da goleira Carlinha: 2 a 1. O gol deu ânimo às Sereias da Vila, que seguiram no ataque em busca do empate. Mas elas tomaram um balde de água fria aos 14 minutos. Após cobrança de escanteio, Thaís subiu bem de cabeça e ampliou para o Tricolor: 3 a 1. A partir daí, apesar das tentativas do Santos (melhor na partida do que no primeiro tempo), o São Paulo deu a impressão de que tinha o confronto sob controle. Mas a equipe santista reacendeu o jogo mais uma vez. Aos 31, Júlia Daltoé bateu escanteio, houve desvio no primeiro poste, e a bola sobrou para Ketlen bater de primeira e descontar: 3 a 2. Aos 40, o empate não saiu por detalhe. Gi Fernandes fez um lançamento impressionante, do campo de defesa, para Cristiane. A capitã dominou, invadiu a área, driblou a goleira, mas não conseguiu finalizar bem. Mandou para fora. Parecia um aviso de que não teria jeito: o título seria mesmo do São Paulo.

Jogadora do Santos lamenta gol perdido em derrota para o São Paulo na final da Ladies Cup (Foto: Guilherme Drovas/AGIF)

Em São Paulo, clássicos têm torcida única, apenas do mandante. Mas o jogo deste domingo, disputado em campo neutro para Santos e São Paulo, teve uma orientação diferente: torcedores dos dois clubes poderiam ir, desde que sem roupas que identificassem uma das equipes.

Ketlen, do Santos, celebra gol diante da torcida no Allianz Parque (Foto: Guilherme Drovas/AGIF)