Walter Santos

Multimídia e Analista Político.

Brasil

O negacionismo de Elba Ramalho à lá religiosidade lembra equívocos de Vandré, Vital, Fagner, etc a sujar histórico de artistas


06/01/2021

A artista paraibana Elba Ramalho

Nem precisa ser pós-doutor em sociologia da UFPB ou da USP para identificar ao longo da história as inúmeras decepções causadas por artistas, desta vez com Elba Ramalho, acusando chineses de estarem por trás da Covid-19 contra cristãos em um absurdo que a fez recuar e pedir desculpas.

A rigor, aqui não se abstrai a importância da carreira artística de Elba e sua capacidade de manutenção no mercado, entretanto, é inegável os fatos construídos por ela após a entrega espiritual ao componente religioso fazendo-a até ver Nossa Senhora – condição esta que lembra a fase abduzida por ET’s do mundo.

Mas, a rigor, o negacionismo que faz Elba na sua pura consciência acusar os chineses está bem próximo do que faz o presidente Jair Bolsonaro, portanto, é o mesmo que mancha o histórico de artistas como Geraldo Vandré, Vital Farias e Raimundo Fagner, todos negando a história de lutas em favor de um projeto retrógrado sem igual no País.

O caso de Vandré tem uma natureza distinta pela força do que a tortura lhe causou fazendo-o negar para sempre seu passado de iluminado incentivador das liberdades, desde um tempo em diante trocado pela fase “Fabiana” em homenagem à Marinha ad eternum. Que coisa!

O fato é que personagens das artes como Vital e Fagner embarcaram no negacionismo aderindo abertamente à ultradireita representada por Bolsonaro e agora vivem arrependidos, como acontece com Fernando Gabeira no âmbito da mídia, sem esconder o papel sujo de terem ajudado a construir o retrocesso político no País.

Só que, infelizmente, essa gente nobre absorveu o saldo do péssimo exemplo do governo que reconhece sua incompetência para gerir o País e insiste em não saber administrar a grave pandemia sem planos para vacinação, desconhece formas de apontar saídas econômicas e estimula políticas de devastação das florestas, de amplo armamento da população ajudando apenas milicianos e, enfim, destruindo políticas de incentivo à cultura e da redução das desigualdades.

Eis a história a deixar muitos personagens de nossas artes a nus diante de seus retrocessos em vida por escolha própria.

Em síntese, cada um dá o que tem: “quem tem mel dá mel, quem tem fel dá fel e quem nada tem nada pode dar”.


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