Política

PSDB terá candidato próprio em São Paulo e inviabiliza Alkmin

ALCKMIN RIFADO


19/12/2016



Depois de reconduzir o senador Aécio Neves à presidência do PSDB por mais um ano, a Executiva Nacional do partido agiu em mais um movimento que contraria os planos do governador de Geraldo Alckmin. A cúpula do partido agora vai brigar para ter um nome próprio na disputa do governo de São Paulo.

O lançamento inviabilizaria uma articulação antiga de Alckmin com o PSB, em que ele apoiaria a candidatura de seu vice-governador, Márcio França, em troca do apoio dos socialistas a uma eventual candidatura à Presidência em 2018.

As informações são de O Globo.

"Na contramão de Alckmin, que defende nos bastidores o afastamento do governo Michel Temer e fez críticas à Proposta de Emenda Constitucional (PEC) do teto de gastos, o ministro das Relações Exteriores, José Serra, se reaproximou de Aécio, também alinhado a Temer. Serra apoiou a reeleição do senador ao comando da sigla, mas nega que terá o apoio de Aécio para disputar o governo de São Paulo em 2018. O ministro, no entanto, segue a posição majoritária no partido e defende que o PSDB tenha candidato próprio em São Paulo.

Segundo tucanos ouvidos pelo GLOBO, caso Serra ou outro nome forte no estado resolvam disputar o governo, o ato agradaria o partido e seria visto como um gesto para fortalecer a legenda. Mesmo com a negativa de Serra de que exista uma articulação para que ele seja o candidato, aliados dizem que o PSDB terá candidato em São Paulo e que “nem se discute outra hipótese".

Em outra frente, o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, diz que a candidatura do Márcio França é tratada como prioridade no partido. Segundo ele, a nova postura do comando do PSDB e a reação de Alckmin têm que ser analisadas com cuidado.

Os tucanos, majoritariamente, minimizam a possibilidade de Alckmin ir para o PSB. O prefeito eleito de São Paulo, João Doria, bastante próximo ao governador, já declarou que nenhum deles dois deixará o partido. Um outro cacique tucano faz críticas à atuação de Alckmin nas negociações que levaram à recondução de Aécio, mas afirma que as chance de saída do PSDB é 'quase zero'."


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