Política

Presidente do PT alfineta Cássio e diz que o PSDB esvaziou os protestos: “um fia

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17/08/2015



O presidente do Partido dos Trabalhadores (PT) na Paraíba, Charliton Machado, comentou a realização de protestos contra o governo da presidente Dilma Rousseff (PT), durante entrevista no início da tarde desta segunda-feira (17). Na oportunidade, o dirigente afirmou que ao assumir a liderança das manifestações no país, o PSDB acabou afastando as pessoas que tinham reivindicações além do debate político-partidário.

“Quando o PSDB assumiu a responsabilidade de liderar esses movimentos, isso ficou parecendo uma revanche política e tirou das ruas aqueles que tinham outros propósitos, que não era esse debate partidarizado”, disse Charliton.

Como não poderia deixar de ser, o presidente do PT mirou críticas no líder do PSDB no Senado, o paraibano Cássio Cunha Lima, que não foi visto nas manifestações. Segundo Charliton, ao deixar de comparecer aos protestos, o tucano quis evitar “passar um vexame”. “Como você pode ter moral para condenar a corrupção se você não fez nem o seu dever de casa? Cássio Cunha Lima saiu do Governo do Estado pela porta dos fundos”, alfinetou, referindo-se a cassação do mandato de governador sofrida em 2008.

O PT “envelheceu”
O dirigente ainda reconheceu que o Partido dos Trabalhadores precisa fazer uma autocrítica e retornar as origens sindicais e sociais. Segundo ele, com anos no controle do país, o PT se acomodou e envelheceu no ponto de vista das relações políticas.

“O PT precisa voltar o debate com os movimentos sindicais, porque na hora do aperto não serão os empresários que vão salvar um governo de esquerda, quem vai salvar são os trabalhadores. O PT precisa voltar a fazer debates nas universidades, voltar para o chão das fábricas, voltar para os sindicatos, para o movimento estudantil, com a humildade que constituiu os 35 anos desse partido”, comentou.

Recuperação de Dilma
Apesar do reconhecimento, Charliton Machado vê uma luz no fim do túnel. Ao avaliar as manifestações de domingo ele que a baixa participação de manifestantes indica para uma melhora da presidente Dilma Rousseff. “Foi um fiasco, e aponta para a recuperação da presidente Dilma. Eu elenco três causas para essa recuperação: a capacidade que o governo teve de retomar as negociações com o Senado. A presidente ter aberto uma agenda propositiva como os movimentos sociais, como foi o caso da marcha das margaridas. E, por último, a perda de legitimidade dos protestos que não está propondo soluções está propondo um golpe”, afirmou.


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