Política

Efraim Filho é escolhido para presidir a CPI dos Fundos de Pensão

Fundos de Pensão


12/08/2015



Os integrantes da CPI dos Fundos de Pensão elegeram nesta quarta-feira (12) o deputado Efraim Filho (DEM-PB) para a presidência da comissão criada na Câmara para investigar eventuais prejuízos na administração dos fundos de previdência de estatais federais, como Postalis (Correios), Petros (Petrobras), Funcef (Caixa) e Previ (Banco do Brasil). O deputado oposicionista foi escolhido para o cargo com 19 votos a favor e apenas um contrário.

A criação da CPI foi autorizada no mesmo dia em que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), anunciou seu rompimento oficial com o governo Dilma Rousseff. Na ocasião, ele também deu aval para a instalação da CPI do BNDES. O Palácio do Planalto era contrário às duas investigações.

Além da presidência da CPI dos Fundos de Pensão, a oposição comandará outros dois cargos de direção do colegiado: a segunda vice-presidência, com o deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), e a terceira, com o deputado Hissa Abrahão Filho (PPS-AM).

Já o PMDB, partido de Cunha, ficará com a relatoria da comissão. O deputado Sérgio Souza (PMDB-PR) foi indicado para a vaga pelo presidente da CPI.

Dono da maior bancada individual da Câmara, o PT queria a presidência ou a relatoria da CPI. No entanto, ocupará a primeira vice-presidência. O cargo será exercido pelo deputado Paulo Teixeira (PT-SP). Na eleição interna, ele obteve 14 votos a favor e 6 contrários.

Pouco antes da eleição que definiu Efraim Filho na presidência do colegiado, Paulo Teixeira fez um apelo para que a votação fosse adiada. O objetivo do deputado petista era ganhar tempo para o PT tentar negociar com Eduardo Cunha a indicação de um parlamentar do PT para a presidência ou relatoria da CPI.

Teixeira reclamou que o critério da proporcionalidade não havia sido respeitado na escolha do presidente da comissão.

“Se consolidarmos a votação desta tarde, nós vamos consolidar um mecanismo que não levou em conta o princípio da proporcionalidade. Portanto, apelo à vossa excelência para o adiamento desta votação para que nós possamos, junto ao presidente da Casa, fazer uma conversa para que o princípio da proporcionalidade não seja ferido”, ponderou Teixeira.

No entanto, o deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), que estava presidindo a sessão, negou o pedido alegando que “a votação é de ordem política, e não de proporcionalidade”.

Ao final da sessão, Teixeira protocolou um recurso para tentar realizar uma nova eleição. O pedido será analisado pelo presidente da Câmara.


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