Policial

Primeira audiência do caso Higor Natan será nesta 2ª; família pede júri popular

crime passional


04/04/2015



{arquivo}A primeira audiência de instrução e julgamento do assassinato do jovem Higor Natan Borges, de 21 anos – morto a tiros no dia 7 de outubro de 2014 -, ocorrerá na próxima segunda-feira (6), às 15h, no 2º Tribunal do Júri, em João Pessoa. Na oportunidade, serão ouvidos pelo Poder Judiciário, o principal acusado pelo crime, o técnico de segurança eletrônica, Rafael Nunes Monteiro, de 21 anos – preso desde 7 de novembro – além de testemunhas e familiares da vítima.

O estudante universitário e corretor de imóveis, Higor Natan foi executado na porta de sua residência, no bairro dos Bancários, na Capital. A Polícia Civil aponta no inquérito que o homicídio pode ter sido motivado por um relacionamento ocorrido entre o suspeito do crime e a namorada da vítima. As investigações foram conduzidas pelo delegado Reinaldo Nóbrega.

O acusado de ter matado Higor foi preso um mês depois do crime na cidade de Patos, no Sertão paraibano. A mãe da vítima, Dina Rodrigues Figueiredo, presenciou o assassinato. Ela, inclusive, chegou a entrar em luta corporal com Rafael Nunes Monteiro, no dia do ocorrido.

“A minha esposa é testemunha ocular do assassinato do nosso filho. No momento do crime, ela chegou a empurrar Rafael e a implorar para que ele não fizesse aquilo, mas ele não se importou e de ‘cara limpa’, executou meu filho na minha porta. Um jovem, cheio de vida, trabalhador, vítima de outro jovem. Um absurdo! Ele não só matou nosso filho, mas acabou com a nossa família”, relatou emocionado o pai de Higor, o bancário Edson Borges.

{arquivo}A morte de Higor Natan mexeu com toda a estrutura familiar. Os pais tiveram que mudar de residência após o homicídio. Algumas pessoas, inclusive, chegaram a ameaçar o casal de morte, por meio de postagens nas redes sociais on-line. A partir daí, os familiares iniciaram uma luta incessante por Justiça. “Clamo por Justiça para que outras mães não venham a passar por essa dor”, disse Dina Rodrigues.

Crime passional
Latrocínio (roubo seguido de morte), dívidas por drogas, várias foram às especulações iniciais em torno da morte de Higor Natan. Mas, com o passar dos dias, a Polícia Civil concluiu que o crime se caracterizou mesmo como execução, premeditada pelo principal acusado.

O inquérito aponta que Rafael Nunes Monteiro, que residia no bairro do Castelo Branco, se envolveu com a namorada da vítima. Por este motivo, os dois – acusado e vítima – teriam discutido antes do assassinato. No momento da prisão, o suspeito negou que tenha cometido o crime. No entanto, confirmou que houve o relacionamento com a moça.

{arquivo}“Meu filho namorava com essa moça há 4 anos, terminou o namoro e ela ficou com Rafael, mas os dois decidiram reatar o namoro e o Rafael não aceitou isso. Tentou ficar de novo com a moça, mas ela não quis e ele ficou provocando meu filho, difamando a menina até que meses depois tomou essa atitude insana, absurda, de ir a minha casa matar o meu filho”, relatou Edson Borges.

Júri Popular
A família de Higor Natan espera que fique comprovado na audiência de instrução o envolvimento do acusado e que este venha a ser julgado por homicídio doloso, em júri popular. “Essa é a nossa expectativa. O acusado será ouvido, as testemunhas serão ouvidas, a família, a mãe que presenciou a morte do filho. Enfim, todos os elementos apontam para a condenação desse rapaz”, disse Edson.

“Esperamos que o juiz determine que o caso vá a júri popular e que Rafael Nunes Monteiro seja sentenciado e condenado a cumprir a pena em regime fechado por vários anos, para que ele possa refletir bem na besteira que fez quando tirou a vida de um jovem trabalhador, estudioso, bom filho, que nunca teve uma atitude sequer que o desabonasse”, concluiu.


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