Futebol

Impressionado, Raí vê Ceni em condições de adiar a aposentadoria para jogar mais

Aposentadoria


25/11/2014

 Um dos grandes jogadores da história do São Paulo, Raí considera Rogério Ceni o maior ídolo de todos os tempos do clube e, por isso, espera que a carreira do goleiro se prolongue mais um pouco. O ex-meia assume seu lado torcedor para explicar a expectativa pela renovação do contrato do camisa 01.

"Quando voltei da França, fiz o plano de jogar mais dois anos e parar. Ainda tive uma contusão no joelho e parei mesmo. No caso dele, continua em bom nível e pode continuar. Vai depender muito dele. Se continuar por mais um tempo, com certeza ninguém vai ser contra, os são-paulinos ficarão felizes. É o maior ídolo da história do clube e está jogando bem. Se vai jogar mais ou não, nada vai mudar o valor da carreira dele", afirmou.

Raí deixa claro que ninguém pode interferir na decisão do goleiro, mas entende que a participação do goleiro-artilheiro na próxima temporada seria importante para o clube no torneio continental.

"Ele tem todas as condições de jogar no mínimo uma Libertadores. Sabemos da importância que este torneio tem para clube e torcedores. Agora, por tudo o que ele fez, precisa de uma motivação maior, que seria a Libertadores. Pode perder na segunda fase ou ir até a final, há sempre esse risco", afirmou, para completar.

"É difícil falar sobre a importância dele para o clube na Libertadores sem pensar como um torcedor. Já conversei com vários amigos dele e ouvi opiniões diferentes. Uns acham que deve continuar, outros que pensam que se parar agora estaria em ótimo nível. Prefiro responder como torcedor, porque a importância dele é indiscutível", ponderou.

O ex-meia está entusiasmado com o que o goleiro de 41 anos está fazendo. "É impressionante o que o Rogério está jogando. É um recorde informal um atleta chegar a mais de 40 anos neste nível e é até difícil para qualquer um imaginá-lo parar. É uma decisão muito pessoal, pois está em um nível em que pode escolher."

Assim como Raí, o ex-goleiro Zetti também não sabe qual será a decisão de Rogério Ceni, que no início do ano estava convicto da aposentadoria, mas parece cada vez mais indeciso sobre o futuro.

"No ano passado, falei que era o momento em que ele iria parar e todo mundo errou. Acho que está mais cansado este ano na parte psicológica e clinicamente também, mas só ele que vai tomar esta decisão, no momento exato. Acho que no ano que vem vai fazer ainda alguns jogos de apresentação, porque está bem. Se parar, vai ser no auge da carreira mesmo, independentemente da idade, jogando em alto rendimento em uma equipe como o São Paulo por tanto tempo. Ele ainda tem muita coisa para apresentar, mas vai da cabeça dele", ponderou.

Jogo beneficente no Morumbi

O ex-jogador Raí pisou novamente no gramado do Morumbi na noite desta segunda-feira. O ídolo são-paulino reuniu no estádio em que tanto fez sucesso ex-jogadores para a 11ª edição do Torneio Gol de Letra.

"Fico até emocionado. Quando estava vindo, já pensava no encontro com os colegas, pois somos amigos até hoje. Quando a gente se encontra, vem aquela lembrança de convívio, concentração, viagem, com alegrias e tristezas. Isso nos remete à época única e é tão forte que marca todos nós. Fico com um pouco de medo de incomodar ao chamá-los, mas alguns até me ligam para saber quando vai ser. Isso toca bastante, porque vemos a alegria que eles têm de participar, com respeito ao trabalho", afirmou.

O evento contou com nomes como Zetti, Cafu, Denilson, Wladimir, Amoroso e Vampeta, que se reuniram para a disputa de uma partida contra funcionários de empresas participantes do torneio organizado pela Fundação Gol de Letra. Geralmente, atletas em atividade do São Paulo também aparecem nas edições do jogo festivo, mas, em função do foco do clube na Sul-americana, não foi possível a presença de profissionais do elenco de Muricy Ramalho.

Criada por Raí e pelo ex-lateral esquerdo Leonardo, a instituição já tem 15 anos e tem no torneio de futebol uma importante fonte de renda, já que cada empresa pagou este ano R$ 26 mil para participar da competição.

"Temos um torneio aqui, um no Rio e outro na França também. São Paulo é pioneiro, e a receita do torneio representa 15% do nosso orçamento anual. Temos vários parceiros, de empresas que financiam os projetos. Isso mostra a importância da parceria com o São Paulo, que atrai todas as empresas a participar. É um dos nossos grandes parceiros", acrescentou o ex-meia, agradecendo pelas portas abertas do Morumbi mais uma vez.

A primeira fase do Torneio Gol de Letra foi realizada há algumas semanas, quando as 14 empresas inscritas colocaram seus times de funcionários em campo para uma disputa. Os melhores se classificaram para a final nesta segunda-feira, e a verba do campeonato ajuda a dar sequência aos projetos da fundação.

"Hoje, são atendidos mais de 1.400 jovens em São Paulo e Rio de Janeiro. Um número próximo de 7 mil já passou pela fundação", acrescentou. Além de suas unidades, a Gol de Letra também ajuda outras instituições fornecendo sua metodologia de trabalho com crianças e adolescentes.


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