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‘Veloz e Furioso’, Antonio Pezão busca recuperação contra Mark Hunt

UFC


05/12/2013



Grande apreciador de carros e velocidade desde o "primeiro emprego", Antônio Pezão não tem pressa por uma nova disputa de cinturão dos pesos-pesados do UFC. Entretanto, para o brasileiro, as chances para buscar o título do Ultimate aumentam a medida em que os triunfos retornarem de forma ainda mais impactantes. E o primeiro passo para retomar o caminho das vitórias pode ser dado no próximo dia 6 de dezembro, em Brisbaine, na Austrália, na luta principal do evento diante do neozelandês Mark Hunt.

Em conversa por telefone com o Combate.com, Pezão comentou sobre a origem da paixão pelos carros, como foi a preparação para a luta "do outro lado do mundo" e sobre a expectativa de voltar a se apresentar em território nacional, algo que não acontece a mais de oito anos. Motivado e precisando perder ainda 5kg na véspera da pesagem oficial do evento, Antonio Pezão comentou sobre o camp realizado em três lugares diferentes para a próxima luta.

– Foram sete semanas de preparação intensa para essa luta. Estou bem preparado, motivado e agora resta me manter ligado, suando, porque faltam 5kg. Foram duas semanas na Team Nogueira, no Rio de Janeiro, treinando jiu-jítsu e boxe. Depois mais uma semana em Curitiba, com o Mestre Fabio Noguchi, e por fim, quatro semanas na American Top Team, na Flórida. Geralmente, eu sempre começo com uma semana mesmo no Rio de Janeiro e termino nos Estados Unidos. Gosto de ficar perto da família, não me atrapalha e prefiro ficar as últimas 4 semanas perto da família – explicou Pezão.

E é na Flórida, nos Estados Unidos, que o lutador conseguiu realizar o maior sonho fora do octógono: comprar uma Ferrari vermelha. Segundo Pezão, o desejo de adquirir um carro da marca italiana vinha desde os tempos em que ter um fusquinha era a maior realização possível.

– Eu realmente gosto muito de velocidade, mas com segurança. Até mesmo porque onde moro, há uma grande fiscalização e também pela minha integridade física, já que eu dependo do meu corpo saudável para viver. Mas eu sempre gostei de carros e no meu primeiro emprego eu já juntei um dinheiro para comprar um Fusca. Às vezes, eu mudava de carro, mesmo que fosse pelo mesmo valor, só para ter a experiência de ter um carro diferente, pela sensação de algo novo. E graças a Deus, consegui realizar esse sonho de ter minha Ferrari – contou o peso-pesado.

Mesmo morando fora do país, Antonio Pezão não esquece de suas origens em Campina Grande, Paraíba. Determinado a retribuir para a sua terra natal um pouco do que o MMA lhe proporcionou, o lutador revela planos para um projeto social na cidade, em parceria com o jogador de futebol Hulk.

– Tenho muita vontade em fazer algo por Campina Grande. Fiquei muito feliz de saber que o Wanderlei Silva, que é um ídolo do MMA no mundo, está com um projeto social na minha cidade. Não penso em um CT (Centro de Treinamento), mas sim, um projeto social. Inclusive, estive recentemente com o Hulk, conversamos, e quem sabe um dia podemos fazer algo juntos pela Paraíba – revelou Pezão.

O estado da Paraíba, por sinal, foi o único lugar no país em que Pezão lutou. Contudo, com os planos do UFC em realizar até 13 edições no Brasil, o peso-pesado espera com ansiedade pela oportunidade de sentir o calor da torcida brasileira, a quem ele considera "sem igual".

– Tenho muita vontade de lutar no Brasil. Aliás, preferia lutar no Brasil do que na Austrália. Lá eu teria a torcida toda para mim, a presença, força e energia dos brasileiros, que não tem igual em nenhum lugar do mundo. Mas isso fica a critério do UFC. Eu, como brasileiro, espero ansiosamente pela chance de lutar no Brasil e de preferência, contra um estrangeiro- disse o lutador, de 34 anos.

Sem o costume de pedir adversários, Antonio Pezão está atento as mudanças que podem acontecer na categoria até 120kg com a próxima disputa de título entre o brasileiro Fabricio Werdum e o americano Cain Velásquez, além da possível troca de divisão entre Daniel Cormier e o campeão meio-pesado Jon Jones.

– Eu não costumo e não gosto muito de especular oponentes. Tenho que estar bem preparado sempre e meu foco agora é único e excluivo no Mark Hunt. Lógico que vou torcer para o Werdum, por ele ser brasileiro, mesmo já tendo perdido para ele. Independentemente de uma vitória ou não do Werdum, as chances de título aparecem conforme você vai ganhando e causando mais impacto. Mesmo já tendo perdido duas vezes para o Velásquez, eu jamais iria torcer para o Werdum com um interesse de voltar a disputar o cinturão. Torcerei pela pátria e tenho certeza que o Werdum vai vencer – falou Pezão.


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