Futebol

Paulo André pede mudanças no calendário

mundaças


20/08/2013

O calendário do futebol brasileiro é motivo de polêmica e crítica entre os profissionais que trabalham direta ou indiretamente com a modalidade. Treinadores reclamam que não há tempo hábil para preparar o time, dirigentes se queixam de perderem atletas no meio da temporada e os torcedores cada vez mais ignoram boa parte dos jogos para guardar dinheiro àqueles mais importantes.

 

Entre os atletas, o zagueiro Paulo André tem uma opinião formada e clara do que precisa ser feito para acabar com o problema: adequação ao calendário europeu e o fim dos Estaduais. “Deveríamos ter o limite de 66 partidas por ano. Jogaríamos sábado, quarta e domingo. Com um mês de férias e um de pré-temporada”, afirmou à Rádio Bradesco Esportes FM.

 

Inicialmente, para se chegar a esse número, Paulo Andé avisa que os Estaduais teriam que ser encurtados para, futuramente, serem abolidos do calendário. “Mais cedo ou mais tarde vai acabar. Realmente, acaba prejudicando e não tem mais aquele charme de antigamente. Hoje em dia, todos querem ver o Campeonato Brasileiro, jogos de alto nível…”

 

Além disso, o zagueiro do Corinthians pede adequação ao calendário europeu. Ele acredita que dessa maneira os clubes perderiam menos jogadores no decorrer da temporada e haveria menos desgaste. “Os campeonatos deveriam chegar ao final ao mesmo tempo. Disputamos Paulista e Libertadores no início do ano, há um desgaste muito grande. Começamos o Brasileiro destruídos. Aí é preciso fazer um trabalho para tenta resgatar os jogadores. E quem perde é o espetáculo, os torcedores e os clubes. Um integração dos calendários com o europeu seria a solução.”

 

Marin é contra mudanças

 

No que depender do presidente da CBF, José Maria Marin, o calendário brasileiro não irá se adequar ao europeu. No início do ano, o mandatário do futebol descartou qualquer possibilidade de acabar com os Estaduais para que a pré-temporada seja maior e o ano futebolístico comece em julho, assim como ocorre na Europa.

 

“Temos que conviver com a realidade. Não podemos basear em outros países, principalmente da Europa. A grandeza territorial do Brasil tem que ser levada em conta. Cabe quase 83% dos países da Europa em nosso país. Os regionais precisam ser preservados. Mais do isso, precisam ser prestigiados”, afirmou, durante o evento de lançamento da parceria de 20 campeonatos estaduais com a Chevrolet, realizado na sede da FPF (Federação Paulista de Futebol).


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